Valor

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: O [[valor]] está ligado à [[linguagem]]; e esta ao [[sentido]]; e este à [[compreensão]]; e esta à abertura para o [[sentido Ser]], o qual se manifesta poeticamente. [[Interpretar]] poeticamente é abrir-se para o [[sentido do Ser]] enquanto [[linguagem]]. E nisso consiste o [[ético]], ou seja, medir-se pela [[medida]] do [[sentido do Ser]]. Portanto, o [[ético]] é [[valor]] enquanto [[sentido do Ser]] e sua [[medida]]. O [[ético]] nos advém na eclosão de uma tal [[medida]], ou seja, a [[verdade]] do [[Ser]]. É a [[medida]] do [[valor]] [[ético]]. Porém, a sua [[verdade]] é a [[não-verdade]] porque não se pode confundir com a [[verdade]] relacionada aos [[entes]], daí também não [[poder]] [[ser]] confundida a [[medida]] das [[relações]] entitavas com a [[medida]] fundada no [[Ser]]. E dessa maneira se diferencia a [[moral]] ([[entes]] e suas [[relações]]) da [[ética]] ([[medida]] do [[Ser]]).
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: O [[valor]] está ligado à [[linguagem]]; e esta ao [[sentido]]; e este à [[compreensão]]; e esta à abertura para o [[sentido do Ser]], o qual se manifesta poeticamente. [[Interpretar]] poeticamente é abrir-se para o [[sentido do Ser]] enquanto [[linguagem]]. E nisso consiste o [[ético]], ou seja, medir-se pela [[medida]] do [[sentido do Ser]]. Portanto, o [[ético]] é [[valor]] enquanto [[sentido do Ser]] e sua [[medida]]. O [[ético]] nos advém na eclosão de uma tal [[medida]], ou seja, a [[verdade]] do [[Ser]]. É a [[medida]] do [[valor]] [[ético]]. Porém, a sua [[verdade]] é a [[não-verdade]] porque não se pode confundir com a [[verdade]] relacionada aos [[entes]], daí também não [[poder]] [[ser]] confundida a [[medida]] das [[relações]] entitavas com a [[medida]] fundada no [[Ser]]. E dessa maneira se diferencia a [[moral]] ([[entes]] e suas [[relações]]) da [[ética]] ([[medida]] do [[Ser]]).

Edição de 21h25min de 1 de janeiro de 2019

1

O valor está ligado à linguagem; e esta ao sentido; e este à compreensão; e esta à abertura para o sentido do Ser, o qual se manifesta poeticamente. Interpretar poeticamente é abrir-se para o sentido do Ser enquanto linguagem. E nisso consiste o ético, ou seja, medir-se pela medida do sentido do Ser. Portanto, o ético é valor enquanto sentido do Ser e sua medida. O ético nos advém na eclosão de uma tal medida, ou seja, a verdade do Ser. É a medida do valor ético. Porém, a sua verdade é a não-verdade porque não se pode confundir com a verdade relacionada aos entes, daí também não poder ser confundida a medida das relações entitavas com a medida fundada no Ser. E dessa maneira se diferencia a moral (entes e suas relações) da ética (medida do Ser).


- Manuel Antônio de Castro
Referência:
Cf. HEIDEGGER, Martin. "... poeticamente habita o homem". In: ______. Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002.

2

Em geral, as concepções das questões essenciais, o que seja a realidade, o humano e a poética/arte, nos vêm das seguintes fontes:

1º. Mitos; 2º. Religiões; 3º. Filosofias; 4º. Teologias; 5º. Ciência. E todas essas fontes, através da ciência e no paradigma da ciência, foram transformadas em disciplinas. Então, frente às disciplinas temos de nos perguntar que lugar ocupam nelas a poética, uma vez que ela não é nenhum cânone, paradigma, modelo, arquétipo, teoria, corrente crítica, pois não parte de conceitos abstratos, de universal abstrato. A Poética é uni-versal concreto, porque nela acontece a aprendizagem do valor da vida e do valor da morte. E essa aprendizagem constitui a essência do valor ético. Enfim, é o valor que dá sentido à vida e se faz presente em todos os nossos atos e escolhas.


- Manuel Antônio de Castro


3

Este é o tema central do livro Saudades do carnaval (1). Muito importante é a análise da questão da intersubjetividade vista por Habermas. Mas esta parte da crítica de três autores: Schütz, Wittgenstein e Gada. O autor deixa bem claro que se trata de ver o problema sob o ângulo da sociologia, isto é, como a sociologia pode ao mesmo tempo ser científica e incluir a ação não instrumental, ou seja, a partir de valores que passam por uma compreensão subjetiva.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) MERQUIOR, José Guilherme. Saudades do carnaval. Rio de Janeiro: Forense, 1972.
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