Valor
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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| + | 1º. Mitos; 2º. Religiões; 3º. Filosofias; 4º. Teologias; 5º. Ciência. E todas essas fontes, através da [[ciência]] e no [[paradigma]] da ciência, foram transformadas em [[disciplinas]]. Então, frente às disciplinas temos de nos perguntar que lugar ocupam nelas a poética, uma vez que ela não é nenhum [[cânone]], paradigma, [[modelo]], [[arquétipo]], teoria, corrente crítica, pois não parte de [[conceitos]] [[abstratos]], de [[universal]] abstrato. A Poética é uni-versal [[concreto]], porque nela acontece a [[aprendizagem]] do [[valor]] da [[vida]] e do [[valor]] da [[morte]]. E essa [[aprendizagem]] constitui a [[essência]] do [[valor]] [[ético]]. Enfim, é o [[valor]] que dá [[sentido]] à [[vida]] e se faz [[presente]] em todos os nossos [[atos]] e [[escolhas]]. | ||
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| - | :(1) MERQUIOR, José Guilherme. ''Saudades do carnaval''. Rio de Janeiro: Forense, 1972. | + | == 3 == |
| + | : Este é o tema central do livro ''Saudades do carnaval'' (1). Muito importante é a [[análise]] da [[questão]] da [[intersubjetividade]] vista por Habermas. Mas esta parte da [[crítica]] de três autores: Schütz, Wittgenstein e Gada. O [[autor]] deixa bem claro que se trata de ver o [[problema]] sob o ângulo da [[sociologia]], isto é, como a sociologia pode ao mesmo tempo ser científica e incluir a [[ação]] não instrumental, ou seja, a partir de valores que passam por uma [[compreensão]] subjetiva. | ||
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| + | : (1) MERQUIOR, José Guilherme. ''Saudades do carnaval''. Rio de Janeiro: Forense, 1972. | ||
Edição de 01h30min de 10 de Outubro de 2018
1
- O valor está ligado à linguagem; e esta ao sentido; e este à compreensão; e esta à abertura para o [[sentido Ser, o qual se manifesta poeticamente. Interpretar poeticamente é abrir-se para o sentido do Ser enquanto linguagem. E nisso consiste o ético, ou seja, medir-se pela medida do sentido do Ser. Portanto, o ético é valor enquanto sentido do Ser e sua medida. O ético nos advém na eclosão de uma tal medida, ou seja, a verdade do Ser. É a medida do valor ético. Porém, a sua verdade é a não-verdade porque não se pode confundir com a verdade relacionada aos entes, daí também não poder ser confundida a medida das relações entitavas com a medida fundada no Ser. E dessa maneira se diferencia a moral (entes e suas relações) da ética (medida do Ser).
- Referência:
- Cf. HEIDEGGER, Martin. "... poeticamente habita o homem". In: ______. Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002.
2
- Em geral, as concepções das questões essenciais, o que seja a realidade, o humano e a poética/arte, nos vêm das seguintes fontes:
1º. Mitos; 2º. Religiões; 3º. Filosofias; 4º. Teologias; 5º. Ciência. E todas essas fontes, através da ciência e no paradigma da ciência, foram transformadas em disciplinas. Então, frente às disciplinas temos de nos perguntar que lugar ocupam nelas a poética, uma vez que ela não é nenhum cânone, paradigma, modelo, arquétipo, teoria, corrente crítica, pois não parte de conceitos abstratos, de universal abstrato. A Poética é uni-versal concreto, porque nela acontece a aprendizagem do valor da vida e do valor da morte. E essa aprendizagem constitui a essência do valor ético. Enfim, é o valor que dá sentido à vida e se faz presente em todos os nossos atos e escolhas.
3
- Este é o tema central do livro Saudades do carnaval (1). Muito importante é a análise da questão da intersubjetividade vista por Habermas. Mas esta parte da crítica de três autores: Schütz, Wittgenstein e Gada. O autor deixa bem claro que se trata de ver o problema sob o ângulo da sociologia, isto é, como a sociologia pode ao mesmo tempo ser científica e incluir a ação não instrumental, ou seja, a partir de valores que passam por uma compreensão subjetiva.
- Referência:
- (1) MERQUIOR, José Guilherme. Saudades do carnaval. Rio de Janeiro: Forense, 1972.
