Mediação
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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| - | : "[[Meta-física]] é uma [[ciência]] cujo [[objeto]] transcende o campo dos dados [[físico]]-[[empíricos]] | + | : "[[Meta-física]] é uma [[ciência]] cujo [[objeto]] transcende o campo dos dados [[físico]]-[[empíricos]] e, portanto, não é absolutamente acessível à [[experiência]] [[imediata]], mas somente acessível através de um [[conhecimento]] [[metafísico]]. [[Conhecimento]] [[mediato]], [[mediado]]. A [[essência]] da [[metafísica]] parece assim ter a [[mediação]] como [[princípio]] [[fundamental]] do [[conhecimento]] [[metafísico]]. [[Conhecimento]] [[mediato]], no entanto, [[significa]] - se nos quisermos exprimir em termos de [[lógica]] [[formal]] - um [[pensar]] conclusivo, que de [[conhecimentos]] antecedentes conclui [[novos]]" (1). |
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| - | : A imediação mediada é nada mais do que a [[mediação]] da [[medida]], a ''[[poiesis]]''. A [[mediação]] da [[medida]] acontece na [[interpretação]]. Por isso é que todo [[ser humano]] é [[intérprete]] e nesse [[interpretar]] ele realiza a [[essência]] do [[humano]], uma [[essência]] que ele recebe e se torna o seu [[próprio]]. Por isso [[ler]] interpretando é sempre um [[interpretar-se]], não como [[decisão]] [[subjetiva]], mas como [[escuta]] d' [[o que é]] em [[o como é]] da [[interpretação]]. Isso só é [[possível]] porque tanto o [[próprio]] de cada [[ser humano]] quanto o que vigora na [[obra de arte]] já são essas [[possibilidades]] que a [[interpretação]] da [[auto-escuta]] da [[fala]] da [[obra]] opera naquilo que recebeu como [[próprio]], o seu [[destino]]. | + | : A imediação mediada é nada mais do que a [[mediação]] da [[medida]], a ''[[poiesis]]''. A [[mediação]] da [[medida]] acontece na [[interpretação]]. Por isso é que todo [[ser humano]] é [[intérprete]] e nesse [[interpretar]] ele realiza a [[essência]] do [[humano]], uma [[essência]] que ele recebe e se torna o seu [[próprio]]. Por isso [[ler]] interpretando é sempre um [[interpretar-se]], não como [[decisão]] [[subjetiva]], mas como [[escuta]] d ' [[o que é]] em [[o como é]] da [[interpretação]]. Isso só é [[possível]] porque tanto o [[próprio]] de cada [[ser humano]] quanto o que vigora na [[obra de arte]] já são essas [[possibilidades]] que a [[interpretação]] da [[auto-escuta]] da [[fala]] da [[obra]] opera naquilo que recebeu como [[próprio]], o seu [[destino]]. |
: - [[Manuel Antônio de Castro]]. | : - [[Manuel Antônio de Castro]]. | ||
Edição atual tal como 21h46min de 29 de Agosto de 2020
1
- "A mediação é uma questão essencial e que desafia permanentemente o ser humano, até porque ele é essencialmente o lugar da mediação. Ele é um “Entre-ser”, Da-sein, diz Heidegger. Da mediação foram e são criadas continuamente novos conceitos e fórmulas, mas nenhuma dá conta do que ela é. Não podemos confundir mediação, seja com medição, seja com a sua representação (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Época e tempo poético". In: ---------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 278.
2
- "Meta-física é uma ciência cujo objeto transcende o campo dos dados físico-empíricos e, portanto, não é absolutamente acessível à experiência imediata, mas somente acessível através de um conhecimento metafísico. Conhecimento mediato, mediado. A essência da metafísica parece assim ter a mediação como princípio fundamental do conhecimento metafísico. Conhecimento mediato, no entanto, significa - se nos quisermos exprimir em termos de lógica formal - um pensar conclusivo, que de conhecimentos antecedentes conclui novos" (1).
- Referência:
- (1) HUMMES, o.f.m. Cláudio. Metafísica. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal.
3
- A imediação mediada é nada mais do que a mediação da medida, a poiesis. A mediação da medida acontece na interpretação. Por isso é que todo ser humano é intérprete e nesse interpretar ele realiza a essência do humano, uma essência que ele recebe e se torna o seu próprio. Por isso ler interpretando é sempre um interpretar-se, não como decisão subjetiva, mas como escuta d ' o que é em o como é da interpretação. Isso só é possível porque tanto o próprio de cada ser humano quanto o que vigora na obra de arte já são essas possibilidades que a interpretação da auto-escuta da fala da obra opera naquilo que recebeu como próprio, o seu destino.
