Discurso

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "O [[discurso]] é o [[modo]] de [[ser]] que distingue o [[homem]] de todos os demais [[seres]]. No [[discurso]] e pelo [[discurso]] o [[homem]] chega a si mesmo, enquanto [[ser-com]] e [[ser]]-para o [[outro]] de si e dos [[outros]]. [[Discursar]] é relacionar-se consigo e com os [[outros]] em alguma [[coisa]], no [[vazio]] deixado pela [[Linguagem]]" (1).
: "O [[discurso]] é o [[modo]] de [[ser]] que distingue o [[homem]] de todos os demais [[seres]]. No [[discurso]] e pelo [[discurso]] o [[homem]] chega a si mesmo, enquanto [[ser-com]] e [[ser]]-para o [[outro]] de si e dos [[outros]]. [[Discursar]] é relacionar-se consigo e com os [[outros]] em alguma [[coisa]], no [[vazio]] deixado pela [[Linguagem]]" (1).
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: Referência:
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Arte e filosofia". In: ------. ''Aprendendo a pensar II''. Petrópolis: Vozes, 1972, p. 241.
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: "O [[discurso]] pelo [[outro]] de si e dos [[outros]] constitui a [[atitude]] em que o [[homem]] constrói todos os seus [[comportamentos]] e [[relações]]. É no [[discurso]] que mostramos, esclarecemos e decidimos tanto a [[ação]] que somos, como o [[ser]] que agimos, tanto o tratamento que damos, como os [[dons]] e as [[pessoas]] que tratamos" (1).
: Referência:
: Referência:
: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Arte e filosofia". In: ------. ''Aprendendo a pensar II''. Petrópolis: Vozes, 1972, p. 241.
: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Arte e filosofia". In: ------. ''Aprendendo a pensar II''. Petrópolis: Vozes, 1972, p. 241.

Edição de 22h15min de 1 de Maio de 2020

1

"O dis-curso é o limiar de todo o ser humano, pois podemos tanto atentar para o "dis-" como para o "-curso", mas sem cair numa dicotomia. O "dis-" ao fazer separação estabelece os limites e, como limite, pode se entender e determinar o discurso como razão, uma medida, uma constante. Ora, o parâmetro com que se tem medido e com que se investe contra o silêncio do pensamento são as possibilidades e os re-cursos de determinado modo de ser, o modo de ser discursivo da razão e da operação. Toda dificuldade não está, pois, na obscuridade do silêncio, mas na resistência em se alterar o paradigma que até então dominou toda a compreensão a serviço do conhecimento. Considera-se, portanto, o silêncio do pensamento obscuro porque é difícil livrar-se dessa dominação discursiva da razão" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O pensamento do silêncio". In: SHUBACK, Márcia C. (org.). Ensaios de filosofia. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 241.

2

"O discurso não é, pois, um fato qualquer e acidental na evolução de um mamífero inteligente. É uma atitude radical, o lugar de convergência e divergência,de concentração e difusão da Linguagem. Toda criação artística, toda produção filosófica é discurso de alguma língua" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Arte e filosofia". In: Revista Tempo Brasileiro, 64, jan.-mar., 1981, p. 42.

3

"Discursar é concorrer para ser mais originariamente a própria mortalidade, percorrendo todo o agir da comunhão de vida e morte, de vivência e mortificação. Este concurso discursivo se exerce discutindo situações e desafios, meios e afazeres, relacionamentos e emergências, em uma palavra, o concurso discursivo discute as peripécias de realização do homem no mundo. O discurso é o modo de ser que distingue o homem de todos os demais seres. No discurso e pelo discurso o homem chega a si mesmo enquanto ser-com e ser-para o outro de si e dos outros. Discursar é relacionar-se consigo e com os outros em alguma coisa no vazio deixado pela Linguagem" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Arte e filosofia". In: Revista Tempo Brasileiro, 64, jan.-mar., 1981, p. 42.

4

"O nome palavra se forma de: pará-: entre; e ballein: jogar, lançar, ou seja, o entre-lançar. Dentro do mesmo movimento se construiu o nome discurso, pois indica o que flui, o que corre (formado do verbo latino: currere: fluir, correr) no entre (dis-). Este, se por um lado, indica algo vivo, que ocorre no tempo e como tempo, por outro, cria ao lado da ideia de per-curso, em que predomina a cronologia e a linearidade, uma certa simultaneidade na medida em que toda a rede se faz presente e ao mesmo tempo ausente (silêncio ou vazio)" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o entre". Revista Tempo Brasileiro: Rio de Janeiro: Interdisciplinaridade: dimensões poéticas, 164, jan.-mar., 2006, p. 33.

5

"O discurso é o modo de ser que distingue o homem de todos os demais seres. No discurso e pelo discurso o homem chega a si mesmo, enquanto ser-com e ser-para o outro de si e dos outros. Discursar é relacionar-se consigo e com os outros em alguma coisa, no vazio deixado pela Linguagem" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Arte e filosofia". In: ------. Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1972, p. 241.


6

"O discurso pelo outro de si e dos outros constitui a atitude em que o homem constrói todos os seus comportamentos e relações. É no discurso que mostramos, esclarecemos e decidimos tanto a ação que somos, como o ser que agimos, tanto o tratamento que damos, como os dons e as pessoas que tratamos" (1).
Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Arte e filosofia". In: ------. Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1972, p. 241.