Globalização

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 01h13min de 28 de Maio de 2017 por Profmanuel (Discussão | contribs)

Tabela de conteúdo

1

"Na sociedade do conhecimento, conhecer é um supermodo de organização e controle. Tanto desencadeia as forças produtivas como segura e contém os modos de produção dentro do poder e não-poder de uma globalização planetária" (1).


(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "A sociedade do conhecimento: passes e impasses". In: Revista Tempo Brasileiro, Sociedade do conhecimento: passes e impasses, 152, jan.-mar., 2003, p. 14.


2

"Globalização é a unidimensionalização de um conhecimento reduzido a know-how. A dicotomia de teoria e prática, de mundo paciente de objetos e mundo agente de cérebros vai sendo superada por um conhecimento que processa uma composição universal, globalizando separações, divisões, distinções. Por esta sociedade se superam, numa equivalência de constituição recíproca e complementar, as diferenças de sujeito e objeto, de espírito e matéria, de informação e compreensão, do mundo das sinapses e o mundo das coisas" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "A sociedade do conhecimento: passes e impasses". In: Revista Tempo Brasileiro, Sociedade do conhecimento: passes e impasses, 152, jan.-mar., 2003, p. 13.


3

"A globalização rompe com as fronteiras nacionais, acaba com a divisão interno/externo. A cultura mundializada se internaliza dentro de nós. O espaço local "desencaixado" aproxima o que é distante e afasta o que é próximo, isto é, o local é influenciado pelo global, ao mesmo tempo que o influencia" (1)


Referência:
(1) VIEIRA, Liszt. Cidadania e globalização. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998, p. 100.


4

Quanto à verdade poética, ela se tornou propriedade da estética. A estética é a poética cientifizada. E ela quer entificar a verdade poética, dentro do mesmo jogo de compra e venda de sensações estéticas. A sensação sem o sentido é um estar sem ser. ][Estética]

Em virtude disto podemos falar da predominância de uma globalização econômica, cultural e religiosa, todas regidas pelo fundamento, solo firme da verdade causal.


- Manuel Antônio de Castro


5

A globalização, em sua faceta uniformizadora, é uma decorrência natural da interpretação causal, funcional e finalista da realidade. Esta se tornou fonte de recursos naturais e os seres humanos meros recursos humanos. Tudo é disposição para o funcionar do sistema global. A esta disposição não escapam as próprias culturas. Tocadas pela varinha mágica da funcionalidade e da finalidade causal, tornaram-se produtos a serem comercializados pela indústria turística.


- Manuel Antônio de Castro



6

A globalização se funda em um saber essencial, mas de fundo causalista até mesmo quando se mascara em múltiplos saberes e na afirmação das diferenças culturais. Nessa perspectiva, a globalização é bem mais antiga do que julgamos. Hoje, tornou-se tão explícita que não podemos mais ignorá-la, embora o furor comunicativo se torne aparentemente a solução.


- Manuel Antônio de Castro


7

"Não há globalização sem um forte sistema de acúmulo e divulgação de obras de conhecimento e cultura para formar elites. Esse sistema, hoje, é absolutamente novo, pois sem tempo nem espaço, literalmente nas nuvens, podendo ser acessado por todos de qualquer lugar. E essa se pode tornar a maior fonte de igualdade e libertação de todos, mas também de meras generalizações funcionais ou apenas objetos de consumo e passatempos" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A globalização e os desafios do humano". In: Revista Tempo Brasileiro - Globalização, pensamento e arte. Rio de Janeiro, 201/202, abr.-set., 2015, p. 12.


8

"O que é globalização? ... Ela é a questão que nosso momento histórico e sócio-poético ou época nos coloca. E irrompe com tanta força que já é um nome que reúne as mais diferentes tendências de reflexão, pois, pela força da essência da técnica, sua presença se generalizou em todos os ramos de conhecimento e se faz presente em tudo" (1).


Referência:


(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A globalização e os desafios do humano". In: Revista Tempo Brasileiro, 201/202 - Globalização, pensamento e arte. Rio de Janeiro, abr.-set., 2015, p. 11.
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