Dicotomia
De Dicionrio de Potica e Pensamento
Edição feita às 19h57min de 19 de Julho de 2019 por Profmanuel (Discussão | contribs)
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- "Se, um belo dia, o homem abandonar o hábito, o costume, o condicionamento de rotular, de dar nome, de nomear as coisas entre boas e más, feias e bonitas, altas e baixas, pobres e ricas, agradáveis e desagradáveis, e procurar viver neste "entre", nesse meio caminho para a libertação, estará encaminhado no entre-Caminho de que nos fala Heidegger. É justamente com esse homem que Chuang Tzu quer "conversar", dialogar..." (1). Como vemos, rotular é se pautar pelas dicotomias citadas e outras. As dicotomias ou rótulos não deixam a realidade acontecer em seu vigor originária, sempre inaugural. Eis aí uma perfeita ideia do que é dicotomia e como elas tolhem o caminho do entre, da plena realização pela iluminação e libertação. O rotular cria um pseudo-mundo. Quem é escravo do hábito, do costume, do diz-se, não pensa.
- Referência:
- (1) ROCHA, Antônio Carlos Pereira Borba. "Diálogo com Chuang Tzu, hoje". In: Revista Tempo Brasileiro, 171 - Permanência e atualidade da Poética. Rio de Janeiro, out.-dez., 2007, p. 167.
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- "Globalização é dobra, pois toda dicotomia se tornou um chavão dinossáurico: pensar em termos de materialismo ou espiritualismo, de função ou essência, de identidade ou alienação, de raça ou gênero, de teoria ou prática, de erudito ou popular, de marginal ou não-marginal etc. não passa de uma brincadeira risível sem consequências" (1).