Beleza

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) HUMMES, Dom Cláudio. '''Metafísica'''. Mímeo. Daltro Filho/Imigrantes/RS, 1963.
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Edição de 21h49min de 23 de Dezembro de 2024

Tabela de conteúdo

1

"A verdade é o desvelamento do sendo enquanto sendo. A verdade é a verdade do ser. A beleza não aparece junto desta verdade. Quando a verdade se põe na obra, ela aparece. O aparecer é – como este ser da verdade na obra e como obra – a beleza. Assim, o belo pertence ao acontecer-se apropriante da verdade" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 207.

2

"E kallos, melhor do que 'beleza', diz harmonia e integridade do ser em todos e em cada um" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Eros e Kallos ". In: ---. Aprendendo a pensar III. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2017, p. 105.

3

Falar dos transcendentais é falar de conversibilidade entre o ser e os quatro transcendentais.
Diz Cláudio Hummes: "A conversibilidade. Tudo o que é, porque e enquanto lhe convém ser, é uno, verdadeiro, bom e belo. Disto segue uma conversibilidade: tudo o que é uno, verdadeiro, belo e bom é; tudo o que é, é bom, belo, verdadeiro e uno; os graus e os modos de ser são graus e modos de unidade, beleza, verdade e bondade. A negação de unidade, beleza, verdade e bondade é negação do ser. Não é esta negação que gera o mal? No entanto, esta conversibilidade não implica que a relação dos transcendentais para com o ser seja a mesma que a do ser para com os transcendentais. O ser fundamenta os transcendentais; os transcendentais manifestam e desdobram o ser. Assim o ser tem uma prioridade ontológica – não cronológica – sobre os transcendentais" (1).


- Manuel Antônio de Castro
Referência:
(1) HUMMES, Frei Cláudio. Metafísica. Mímeo. Daltro Filho/Imigrantes/RS, 1963.

4

"Quanto à Beleza - conforme já disse - ela sobressaía entre todas as ideias puras a que nos referíamos. Depois que viemos para esta existência, é ainda ela que ofusca todas as coisas com seu brilho, pois a visão é de fato o mais sutil dos nossos sentidos, embora não possa aperceber-se da Sabedoria!" (1).


Referência:
(1) PLATÃO. Fedro, 5. e. Trad. Pinharanda Gomes. Texto grego estabelecido por Léon Robin, Paris, Les Belles Lettres, 1966. Lisboa: Guimarães Editores, 1994, p. 67, 250d.

5

"A realidade, enquanto linguagem e sentido, é o que denominamos: mundo. No amar e quando amamos vigoramos em nosso amor no mundo, isto é, tudo entra no âmbito do sentido, da linguagem, pois sem esta não há sentido, unidade e musicalidade. Amar, portanto, é sempre deixar acontecer mundo e sentido, unidade e musicalidade. Amar como verbo é o deixar vigorar o sentido musical do ser. E é sempre no horizonte de mundo e sentido que acontece verdade, unidade, beleza, bem" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e Ser". In: ---. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 317.

6

"O amor pela beleza levou os celtas a traduzir sua sabedoria em arte" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. "O Limiar do Outro Mundo". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 64.

7

Se, por um lado, beleza é um enigma, por outro, ela é a proximidade do simples. Avistar o mistério e aceitar-se como parte integrante dele já constitui grande passo" (1).


Referência:
(1) LAPORT, Janaína. Beleza. In: Convite ao Pensar, p. 28. Coordenação e Organização: Manuel Antônio de Castro e Outros. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro - Pós-Graduação e Ciência da Literatura (UFRJ).
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