Mnemosýne
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→2) |
(→3) |
||
(2 edições intermediárias não estão sendo exibidas.) | |||
Linha 12: | Linha 12: | ||
== 2 == | == 2 == | ||
- | : "[[Mnemosine]] é para um grego [[palavra]] e [[realização]] criativa. Traz consigo o [[nome]] de uma titânida que o [[mito]] imemorial, recolhido por [[Hesíodo]], assevera [[ser]] filha do [[céu]] e da [[terra]]" (1). | + | : "[[Mnemosine]] é para um [[grego]] [[palavra]] e [[realização]] criativa. Traz consigo o [[nome]] de uma titânida que o [[mito]] imemorial, recolhido por [[Hesíodo]], assevera [[ser]] filha do [[céu]] e da [[terra]]" (1). |
Linha 20: | Linha 20: | ||
== 3 == | == 3 == | ||
- | : "[[Mnemosine]], filha do [[céu]] e da [[terra]], tornou-se, em nove noites de [[amor]] com Zeus, a [[mãe]] de todas as [[musas]]. [[Jogo]] e [[música]], [[dança]] e [[poesia]], [[representação]] e [[movimento]] nasceram e pertencem ao seio de [[Mnemosine]]. Esta [[palavra]] diz a concentração da [[linguagem]], a condensação do [[pensamento]]. O seu radical é ''men'', donde provêm, em várias derivações indo-europeias, as [[experiências]] primogênias de [[pensar]], [[refletir]], [[meditar]]" (1). | + | : "[[Mnemosine]], filha do [[céu]] e da [[terra]], tornou-se, em nove noites de [[amor]] com [[Zeus]], a [[mãe]] de todas as [[musas]]. [[Jogo]] e [[música]], [[dança]] e [[poesia]], [[representação]] e [[movimento]] nasceram e pertencem ao seio de [[Mnemosine]]. Esta [[palavra]] diz a concentração da [[linguagem]], a condensação do [[pensamento]]. O seu radical é ''men'', donde provêm, em várias derivações indo-europeias, as [[experiências]] primogênias de [[pensar]], [[refletir]], [[meditar]]" (1). |
: Referência: | : Referência: | ||
- | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O esquecimento da memória". In: Revista | + | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "O [[esquecimento]] da [[memória]]". In: Revista Tempo Brasileiro, 153: 143/147, abr.-jun., 2002, p. 145.''' |
Edição atual tal como 20h51min de 22 de Maio de 2025
1
- Partindo da relação que Jaa Torrano faz entre Mnemosýne e Musas, podemos considerar que Mnemosýne é linguagem e que esta se manifestando gera suas filhas, "as palavras cantadas", ou seja, as línguas. Mnemosýne é a mãe de todas as Musas assim como a linguagem é a mãe de todas as línguas. A fala é a música se fazendo som. Os poetas invocam as musas porque necessitam da fala: as Musas são as filhas de Mnemosýne e esta, sendo a Memória, é tempo e Ser. "Fecundada por Zeus Pai, que no panteão hesiódico encarna a Justiça e a Soberania supremas, a Memória gera e dá à luz as Palavras Cantadas, que na língua de Hesíodo se dizem Musas" (1).
- Referência:
- (1) TORRANO, Jaa. "O mundo como função de musas". In: HESÍODO. Teogonia. Trad. de Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1992, p. 16.
2
- "Mnemosine é para um grego palavra e realização criativa. Traz consigo o nome de uma titânida que o mito imemorial, recolhido por Hesíodo, assevera ser filha do céu e da terra" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O esquecimento da memória". In: Revista Tempo Brasileiro, 153: 143/147, abr.-jun., 2002, p. 144.
3
- "Mnemosine, filha do céu e da terra, tornou-se, em nove noites de amor com Zeus, a mãe de todas as musas. Jogo e música, dança e poesia, representação e movimento nasceram e pertencem ao seio de Mnemosine. Esta palavra diz a concentração da linguagem, a condensação do pensamento. O seu radical é men, donde provêm, em várias derivações indo-europeias, as experiências primogênias de pensar, refletir, meditar" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O esquecimento da memória". In: Revista Tempo Brasileiro, 153: 143/147, abr.-jun., 2002, p. 145.