Mnemosýne
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
(→3) |
||
(17 edições intermediárias não estão sendo exibidas.) | |||
Linha 1: | Linha 1: | ||
__NOTOC__ | __NOTOC__ | ||
- | ==1== | + | == 1 == |
- | :Partindo da relação que Jaa Torrano faz entre Mnemosýne e [[Musas]], podemos considerar que Mnemosýne é [[linguagem]] e que esta se manifestando gera suas filhas, "as palavras cantadas", ou seja, as línguas. Mnemosýne é a mãe de todas as Musas assim como a linguagem é a mãe de todas as [[língua|línguas]]. A [[fala]] é a [[música]] se fazendo som. Os poetas invocam as musas porque necessitam da fala | + | : Partindo da [[relação]] que Jaa Torrano faz entre [[Mnemosýne]] e [[Musas]], podemos considerar que [[Mnemosýne]] é [[linguagem]] e que esta se manifestando gera suas filhas, "as [[palavras]] cantadas", ou seja, as [[línguas]]. [[Mnemosýne]] é a [[mãe]] de todas as [[Musas]] assim como a [[linguagem]] é a [[mãe]] de todas as [[língua|línguas]]. A [[fala]] é a [[música]] se fazendo som. Os [[poetas]] invocam as [[musas]] porque necessitam da [[fala]]: as [[Musas]] são as filhas de [[Mnemosýne]] e esta, sendo a [[Memória]], é [[tempo]] e [[Ser]]. "Fecundada por [[Zeus]] [[Pai]], que no panteão hesiódico encarna a [[Justiça]] e a [[Soberania]] supremas, a [[Memória]] gera e dá à [[luz]] as [[Palavras]] Cantadas, que na [[língua]] de [[Hesíodo]] se dizem [[Musas]]" (1). |
- | :- [[Manuel Antônio de Castro]] | + | : - [[Manuel Antônio de Castro]] |
- | :Referência: | + | : Referência: |
- | :(1) TORRANO, Jaa. "O mundo como função de musas". In: HESÍODO. | + | : (1) TORRANO, Jaa.''' "O [[mundo]] como [[função]] de [[musas]]". In: HESÍODO. [[Teogonia]]. Trad. de Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1992, p. 16.''' |
+ | |||
+ | == 2 == | ||
+ | : "[[Mnemosine]] é para um [[grego]] [[palavra]] e [[realização]] criativa. Traz consigo o [[nome]] de uma titânida que o [[mito]] imemorial, recolhido por [[Hesíodo]], assevera [[ser]] filha do [[céu]] e da [[terra]]" (1). | ||
+ | |||
+ | |||
+ | : Referência: | ||
+ | |||
+ | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "O [[esquecimento]] da [[memória]]". In: Revista Tempo Brasileiro, 153: 143/147, abr.-jun., 2002, p. 144.''' | ||
+ | |||
+ | == 3 == | ||
+ | : "[[Mnemosine]], filha do [[céu]] e da [[terra]], tornou-se, em nove noites de [[amor]] com [[Zeus]], a [[mãe]] de todas as [[musas]]. [[Jogo]] e [[música]], [[dança]] e [[poesia]], [[representação]] e [[movimento]] nasceram e pertencem ao seio de [[Mnemosine]]. Esta [[palavra]] diz a concentração da [[linguagem]], a condensação do [[pensamento]]. O seu radical é ''men'', donde provêm, em várias derivações indo-europeias, as [[experiências]] primogênias de [[pensar]], [[refletir]], [[meditar]]" (1). | ||
+ | |||
+ | |||
+ | : Referência: | ||
+ | |||
+ | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "O [[esquecimento]] da [[memória]]". In: Revista Tempo Brasileiro, 153: 143/147, abr.-jun., 2002, p. 145.''' |
Edição atual tal como 20h51min de 22 de Maio de 2025
1
- Partindo da relação que Jaa Torrano faz entre Mnemosýne e Musas, podemos considerar que Mnemosýne é linguagem e que esta se manifestando gera suas filhas, "as palavras cantadas", ou seja, as línguas. Mnemosýne é a mãe de todas as Musas assim como a linguagem é a mãe de todas as línguas. A fala é a música se fazendo som. Os poetas invocam as musas porque necessitam da fala: as Musas são as filhas de Mnemosýne e esta, sendo a Memória, é tempo e Ser. "Fecundada por Zeus Pai, que no panteão hesiódico encarna a Justiça e a Soberania supremas, a Memória gera e dá à luz as Palavras Cantadas, que na língua de Hesíodo se dizem Musas" (1).
- Referência:
- (1) TORRANO, Jaa. "O mundo como função de musas". In: HESÍODO. Teogonia. Trad. de Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1992, p. 16.
2
- "Mnemosine é para um grego palavra e realização criativa. Traz consigo o nome de uma titânida que o mito imemorial, recolhido por Hesíodo, assevera ser filha do céu e da terra" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O esquecimento da memória". In: Revista Tempo Brasileiro, 153: 143/147, abr.-jun., 2002, p. 144.
3
- "Mnemosine, filha do céu e da terra, tornou-se, em nove noites de amor com Zeus, a mãe de todas as musas. Jogo e música, dança e poesia, representação e movimento nasceram e pertencem ao seio de Mnemosine. Esta palavra diz a concentração da linguagem, a condensação do pensamento. O seu radical é men, donde provêm, em várias derivações indo-europeias, as experiências primogênias de pensar, refletir, meditar" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O esquecimento da memória". In: Revista Tempo Brasileiro, 153: 143/147, abr.-jun., 2002, p. 145.