Alegria
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O [[lúdico]] e o [[humano]]". In: --------. | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "O [[lúdico]] e o [[humano]]". In: --------. [[Travessia]] [[Poética]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1977, p. 49.''' |
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- | : (1) TZU, Chuang. | + | : (1) TZU, Chuang.''' “[[Ação]] e [[não-ação]]”. In: MERTON, Thomas. A [[via]] de Chuang Tzu. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 106.''' |
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- | : "... quanto mais | + | : "... quanto mais alegre a [[alegria]], mais pura é a [[tristeza]] nela adormecida. Quanto mais [[profunda]] a [[tristeza]], mais a [[alegria]] que nela repousa nos convoca. [[Tristeza]] e [[alegria]] tocam e jogam uma com a outra. O [[jogo]] que afina [[tristeza]] e [[alegria]] entre si, aproximando a [[distância]] e distanciando a [[proximidade]], é a ''[[dor]]''. Por isso, tanto a [[alegria]] mais intensa como a [[tristeza]] mais [[profunda]] são, cada uma a seu modo, dolorosas. A [[dor]] encoraja, no entanto, o [[ânimo]] dos [[mortais]] de tal modo que é da [[dor]] que eles recebem a sua gravidade. A gravidade sustenta os [[mortais]] em [[todas]] as suas oscilações no [[repouso]] de sua [[essência]], de seu [[vigor]]" (1). |
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- | : (1) [[HEIDEGGER]], Martin. "A [[palavra]]". In: | + | : (1) [[HEIDEGGER]], Martin.''' "A [[palavra]]". In: A [[caminho]] da [[linguagem]]. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 186.''' |
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- | : " a [[angústia]] é a | + | : " a [[angústia]] é a passagem que leva à [[alegria]] " (1) |
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- | : (1) KAUR, rupi. '''meu [[corpo]] / minha [[casa]]. Trad. Ana Guadalupe. São Paulo: Editora Planeta, 2020 | + | : (1) KAUR, rupi. '''meu [[corpo]] / minha [[casa]]. Trad. Ana Guadalupe. São Paulo: Editora Planeta, 2020, p. 48.''' |
Edição atual tal como 19h09min de 15 de janeiro de 2025
Tabela de conteúdo |
1
- "Ele [Baudelaire] distingue a alegria do cômico. A alegria existe por ela mesma e tem manifestações diversas. A alegria é una. Já o riso é a expressão de um sentimento duplo ou contraditório" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O lúdico e o humano". In: --------. Travessia Poética. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1977, p. 49.
2
- “A não-ação do sábio não é a inação.
- Não é estudada. Coisa alguma a abala.
- O sábio é quieto porque não se altera
- Não porque ele queira ser quieto”.
....................................................
- “O coração do sábio está tranquilo.
- É o espelho do céu e da terra.
- O espelho de tudo.
- É vazio, é quieto, é tranquilo, é sem-sabor
- O silêncio, a não-ação: esta é a medida do céu e da terra”.
.........................................................
- “Assim, do vazio do sábio surge a quietude:
- Da quietude, a ação. Da ação, a realização.
- Da sua quietude vem sua não-ação, que é também ação
- E é, portanto, sua realização.
- Pois a quietude é alegria. A alegria é isenta de preocupações,
- Fértil por muitos anos.
- A alegria faz tudo despreocupadamente:
- O silêncio e a não-ação
- Eis a raiz de todas as coisas” (1).
- Referência:
- (1) TZU, Chuang. “Ação e não-ação”. In: MERTON, Thomas. A via de Chuang Tzu. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 106.
3
- "... quanto mais alegre a alegria, mais pura é a tristeza nela adormecida. Quanto mais profunda a tristeza, mais a alegria que nela repousa nos convoca. Tristeza e alegria tocam e jogam uma com a outra. O jogo que afina tristeza e alegria entre si, aproximando a distância e distanciando a proximidade, é a dor. Por isso, tanto a alegria mais intensa como a tristeza mais profunda são, cada uma a seu modo, dolorosas. A dor encoraja, no entanto, o ânimo dos mortais de tal modo que é da dor que eles recebem a sua gravidade. A gravidade sustenta os mortais em todas as suas oscilações no repouso de sua essência, de seu vigor" (1).
- Referência:
4
- " a angústia é a passagem que leva à alegria " (1)
- Referência: