Profano
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
(→1) |
||
Linha 7: | Linha 7: | ||
: - [[Manuel Antônio de Castro]] | : - [[Manuel Antônio de Castro]] | ||
- | |||
: Referências: | : Referências: |
Edição de 16h07min de 23 de Abril de 2020
1
- O profano representa o caos, o não-ser absoluto. O sagrado está ligado à cosmogonia, que é uma criação dos deuses. O homem imita e cria o espaço sagrado reproduzindo a cosmogonia através do tempo, da casa, da cidade, que são pontos de "orientação" fora da qual existe o profano, o caos, a morte. Cf. (1).
- Podemos notar como o autor ainda se fundamenta na visão tradicional de cunho racional. Outra, por exemplo, é a visão dos egípcios, esta muito mais ampla e rica. Nela não há propriamente o profano, pois tudo faz parte do Cosmo, do Universo, que é animado, uma vez que o sagrado se faz presente em tudo e faz parte de tudo (2).
- Fanum, em latim significa Templo, um lugar sagrado, dentro do qual as leis da cidade não eram válidas, pois o Templo tinha uma lei própria. E a preposição Pro-, significa: diante de, fora de... Então a palavra profano, propriamente diz: tudo que está diante e fora do templo e das leis que o regem, as do cosmo.
- Referências:
- (1) ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 2001, pp. 58-61.
- (2) Cf. o livro de Moustafa Gadalla: Cosmologia Egípcia - O Universo animado. Editora Madras.