Infelicidade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(Criou página com '== 1 == : "Na maior parte das vezes, a nossa felicidade ou infelicidade não deriva da vida propriamente dita, mas do sentido que lhe damos. Dediquei minha [[vida...')
(1)
Linha 6: Linha 6:
: Referência:
: Referência:
 +
 +
: (1) PAMUK, Orhan. ''A maleta de meu pai''. São Paulo: Cia. das Letras, 2007, p. 66.
 +
 +
 +
 +
== 2 ==
 +
: "De onde eu tinha tirado essa [[ideia]] de que a [[felicidade]] é que media a qualidade da [[vida]] de uma [[pessoa]]?" (1). A [[felicidade]] da [[vida]] está na [[medida]] ou a [[medida]] está na [[felicidade]]? Por que esta pergunta em torno da ''[[medida]]''? Não podemos esquecer que era a ''[[hybris]]'' - desmedida - que trazia a [[infelicidade]] e a desgraça, lançando a [[pessoa]] no mais profundo [[sofrimento]]. Por isso, em nossa [[vida]] toda [[ação]] [[ética]] tem como fundo a ''justa [[medida]]''. Assim sendo, a [[medida]] se torna para o [[ser humano]] em seu [[agir]] e viver a [[questão]] decisiva. A [[presença]] mais efetiva da [[medida]] está na [[morte]]. Esta, em última e primeira [[instância]], é a [[medida]] do [[sentido]]. Mas não há [[morte]] sem [[vida]] (''[[zoé]]'', em [[grego]]). É nesse sentido que ''[[eros]]'' e ''[[thanatos]]'' são para nós, [[mortais]], a [[fonte]] de todas as grandes [[experienciações]]. Neste [[horizonte]] percebe-se bem como é importante diferenciar [[experiência]] e [[experienciação]]. Nesta está presente sempre um [[sentido]] [[ético]] de [[realização]], de [[procura]] da [[felicidade]] e não simplesmente de novos [[conhecimentos]].
 +
 +
 +
: - [[Manuel Antônio de Castro]].
 +
 +
 +
: Referências:
: (1) PAMUK, Orhan. ''A maleta de meu pai''. São Paulo: Cia. das Letras, 2007, p. 66.
: (1) PAMUK, Orhan. ''A maleta de meu pai''. São Paulo: Cia. das Letras, 2007, p. 66.

Edição de 14h31min de 6 de Maio de 2019

1

"Na maior parte das vezes, a nossa felicidade ou infelicidade não deriva da vida propriamente dita, mas do sentido que lhe damos. Dediquei minha vida a tentar explorar esse sentido" (1). Como cada um recebeu um projeto de vida, o que somos para ser, justamente ligado a essa procura de sentido, só a sua realização nos pode tornar felizes. Quando esse sentido não é procurado, não se torna o motivo de nosso viver, necessariamente surge a infelicidade.
- Manuel Antônio de Castro.


Referência:
(1) PAMUK, Orhan. A maleta de meu pai. São Paulo: Cia. das Letras, 2007, p. 66.


2

"De onde eu tinha tirado essa ideia de que a felicidade é que media a qualidade da vida de uma pessoa?" (1). A felicidade da vida está na medida ou a medida está na felicidade? Por que esta pergunta em torno da medida? Não podemos esquecer que era a hybris - desmedida - que trazia a infelicidade e a desgraça, lançando a pessoa no mais profundo sofrimento. Por isso, em nossa vida toda ação ética tem como fundo a justa medida. Assim sendo, a medida se torna para o ser humano em seu agir e viver a questão decisiva. A presença mais efetiva da medida está na morte. Esta, em última e primeira instância, é a medida do sentido. Mas não há morte sem vida (zoé, em grego). É nesse sentido que eros e thanatos são para nós, mortais, a fonte de todas as grandes experienciações. Neste horizonte percebe-se bem como é importante diferenciar experiência e experienciação. Nesta está presente sempre um sentido ético de realização, de procura da felicidade e não simplesmente de novos conhecimentos.


- Manuel Antônio de Castro.


Referências:
(1) PAMUK, Orhan. A maleta de meu pai. São Paulo: Cia. das Letras, 2007, p. 66.
Ferramentas pessoais