Éros

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "Seja para o [[pensamento]], seja para as [[artes]], [[Éros]] sempre foi a grande [[questão]], sendo a mais tematizada, interpretada e aprofundada. Por detrás do seu [[agir]], como aquilo que o move, está sempre o [[Amor]] do [[amar]]. Dessa maneira, há uma certa impropriedade em se falar de [[Éros]] como algo [[substantivo]], pois remete facilmente para a sua [[interpretação]] e [[compreensão]] como algo, como um [[ente]]. E não é isso [[Éros]]. Como [[essência]] do [[agir]] é total e completa [[energia]] de [[realização]], é [[luz]] irradiante em contínuo [[acontecer]]. E isso já nos obriga a [[compreender]] o que é o [[corpo]] do [[ser humano]], em toda a sua complexidade e densidade, muito além de um simples [[organismo]] e seu [[funcionamento]]. O [[ser humano]], sendo [[essencialmente]] o [[agir]] de [[Eros]], jamais pode ser reduzido a um [[corpo]] [[orgânico]] ou mecânico ou [[virtual]]. Sendo filhos, como somos de [[Pênia]], a [[Pobreza]], pro-curamos pelo que nos é [[necessário]]: o [[Bem]]) (1).
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: CASTRO, Manuel Antônio de. "Éros, o humano e os humanismos". In: ''Eros, tecnologia, transumanismo''. Org. Maria Conceição e Outros. Rio de Janeiro: Caetés, 2015, 45.
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: CASTRO, Manuel Antônio de. "Eros, o humano e os humanismos". In: ''Eros, tecnologia, transumanismo''. Org. Maria Conceição e Outros. Rio de Janeiro: Caetés, 2015, 45.
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Edição de 20h35min de 28 de Setembro de 2018

Tabela de conteúdo

1

"Seja para o pensamento, seja para as artes, Éros sempre foi a grande questão, sendo a mais tematizada, interpretada e aprofundada. Por detrás do seu agir, como aquilo que o move, está sempre o Amor do amar. Dessa maneira, há uma certa impropriedade em se falar de Éros como algo substantivo, pois remete facilmente para a sua interpretação e compreensão como algo, como um ente. E não é isso Éros. Como essência do agir é total e completa energia de realização, é luz irradiante em contínuo acontecer. E isso já nos obriga a compreender o que é o corpo do ser humano, em toda a sua complexidade e densidade, muito além de um simples organismo e seu funcionamento. O ser humano, sendo essencialmente o agir de Eros, jamais pode ser reduzido a um corpo orgânico ou mecânico ou virtual. Sendo filhos, como somos de Pênia, a Pobreza, pro-curamos pelo que nos é necessário: o Bem) (1).


CASTRO, Manuel Antônio de. "Eros, o humano e os humanismos". In: Eros, tecnologia, transumanismo. Org. Maria Conceição e Outros. Rio de Janeiro: Caetés, 2015, 45.

2

"A filosofia grega é uma experiência de Pensamento. Mas não é a única experiência grega de pensamento. Outra experiência grega de Pensamento é o Mito e a Mística. Uma outra, são os deuses e o extraordinário. Ainda uma outra é a Poesia e a Arte. Ainda outra é a Polis e a Politeia. A última, por ser no fundo a primeira experiência grega de Pensamento, é Vida e a Morte, Éros e Thanatos " (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Apresentação". In: -------. Filosofia grega - uma introdução. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2010, p. 11.

3

"Amar é Éros, porque sempre se dá obliquamente, dissimulando-se. Sem amar nada somos e como amar é o nada do que já somos e não somos, em seu dar-se dissimulando ele sempre se retrai e mais nos atrai e arrasta na paixão amorosa. É que em toda paixão amorosa só amamos ao outro quando acontece a unidade e vigor das diferenças: o amar" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e ser". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 293.

4

"A mulher para engravidar nela aconteceu um pacto de amor, isto é, ela foi tomada e possuída por éros. Tanto a mulher como o homem foram tomados, deixaram-se atravessar por éros. Não podemos compreender esse deixar-se possuir por éros de pacto amoroso? Em Grande sertão: veredas o pacto é esse deixar-se tomar por éros. Por isso, a energia poética só é poética porque é a energia de éros " (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: Manuel Antônio de Castro (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 19.
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