Sofrimento

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 20h21min de 25 de Agosto de 2018 por Profmanuel (Discussão | contribs)

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"Muito aprendi do Budismo. Em especial a sua principal lição, o modo de evitar , ou ao menos aplacar o sofrimento. Não a dor, que pode ser contida por medicamentos. Mas o sofrimento que dilacera a alma, confunde a cabeça, tritura o coração, suscita sentimentos e atitudes negativas" (1). O leitor que ler com atenção estas declarações deve ser levado a pensar. Há duas questões aqui que podem levar a confusão. Basta o leitor consultar neste dicionário o verbete dor, onde encontra opiniões justamente opostas. Só resta pensar. Aliás, o leitor está convidado a assistir ao filme de Lars Von Trier: O Anticristo, no qual o diretor fala metaforicamente de três mendigos: a dor, o sofrimento, o desespero.


- Manuel Antônio de Castro.
Referência:
(1) BETTO, Frei. "Budismo e Cristianismo". In: O Globo, Rio de Janeiro, 22 de julho de 2017, p. 25

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É muito difícil dizer o que é sofrimento, porque faz parte de nossas emoções. E estas são modos de ser e experienciar-se muito ricas, e que exigem outras palavras para dizê-las, como, por exemplo: dor, tristeza, angústia, desespero, mágoa...


- Manuel Antônio de Castro


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"O tema central dos escritos de Chuang Tzu gira em torno da liberdade. Não a liberdade específica que conhecemos hoje, mas uma liberdade originária. Sua questão básica era averiguar como pode o homem viver em um mundo consubstanciado pelo caos, pelo sofrimento e pelo absurdo, isto é, o non-sense, o sem-sentido, o ilógico, alógico, metalógico. E a resposta do sábio é com outra questão: para libertar-se do sofrimento, da dor, do desconcerto do mundo, da incoerência do planeta liberte-se do mundo. Mas como se libertar do mundo estando inserido no mundo? Como se libertar do planeta e continuar vivo sobre a face da Terra? A libertação aqui é a libertação dos conceitos, dos condicionamentos, das dicotomias" (1).


Referência:
(1) ROCHA, Antônio Carlos Pereira Borba. "Diálogo com Chuang Tzu, hoje". In: Revista Tempo Brasileiro, 171 - Permanência e atualidade da Poética. Rio de Janeiro, out.-dez., 2007, p. 167.
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