Sófocles

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "No fundo, o [[mito]] de [[Édipo]], como [[mito do homem]], também coloca a [[questão]] [[fundamental]] da “''[[Polis]]''” e do exercício do [[poder]]. [[Sófocles]] desenvolve essa [[questão]] tematizando a tensão [[entre]] o [[poder]] em [[Édipo]] ''Basileus'' (Rei) e o [[poder]] do [[não-poder]] em ''[[Édipo em Colona]]''. O [[mito]] e a [[arte]] de [[Sófocles]] nos trazem a mais profunda [[reflexão]] sobre a [[questão]] [[sempre]] atual da [[essência]] da “''[[Polis]]''” e do exercício do [[poder]], que ela necessariamente implica" (1).
: "No fundo, o [[mito]] de [[Édipo]], como [[mito do homem]], também coloca a [[questão]] [[fundamental]] da “''[[Polis]]''” e do exercício do [[poder]]. [[Sófocles]] desenvolve essa [[questão]] tematizando a tensão [[entre]] o [[poder]] em [[Édipo]] ''Basileus'' (Rei) e o [[poder]] do [[não-poder]] em ''[[Édipo em Colona]]''. O [[mito]] e a [[arte]] de [[Sófocles]] nos trazem a mais profunda [[reflexão]] sobre a [[questão]] [[sempre]] atual da [[essência]] da “''[[Polis]]''” e do exercício do [[poder]], que ela necessariamente implica" (1).
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: Referência:
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:  (1) CASTRO, Manuel Antônio de. “Heidegger e as questões da arte”. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). ''Arte em questão: as questões da arte''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 24.
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: "O [[mito]] e a [[arte]] de [[Sófocles]] nos trazem a mais [[profunda]] [[reflexão]] sobre a [[questão]] [[sempre]] [[atual]] da [[essência]] da ''[[Polis]]'' e do exercício do [[poder]], que ela necessariamente implica. Essa [[questão]] também será um dos [[temas]] centrais da [[obra]] de [[Platão]], não pelo viés dos [[políticos]] e suas demagogias, mas pela junção [[essencial]] que há [[entre]] [[saber]] e [[poder]]. Qual novo “[[Édipo]]”, [[Platão]] vai experimentar a mesma [[travessia]] dele. É o que ele nos mostra na “''Sétima carta''”. Acreditando mais em [[Platão]] que em [[Sófocles]], também [[Heidegger]] irá amargar as [[contradições]] do exercício do [[poder]] da ''[[Polis]]''. Presente nestes três [[gênios]], o [[enigma]] maior da [[essência]] do [[saber]] e do [[sentido]] do [[agir]]" (1).

Edição de 20h11min de 16 de Novembro de 2020

1

"A questão fundamental do itinerário ocidental: o mito do homem e seu destino. Examinemos aquele mito-poético grego onde o mito do homem encontra a sua mais rica formulação: Édipo. Pleno de imagens-questões, a obra de Sófocles e o mito com que a tece, narrativamente entre-tece em suas entre-linhas narrativo-poéticas as questões que desde sempre angustiam e desafiam todo ser humano" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. “Heidegger e as questões da arte”. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte em questão: as questões da arte. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 21.

2

"No fundo, o mito de Édipo, como mito do homem, também coloca a questão fundamental da “Polis” e do exercício do poder. Sófocles desenvolve essa questão tematizando a tensão entre o poder em Édipo Basileus (Rei) e o poder do não-poder em Édipo em Colona. O mito e a arte de Sófocles nos trazem a mais profunda reflexão sobre a questão sempre atual da essência da “Polis” e do exercício do poder, que ela necessariamente implica" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. “Heidegger e as questões da arte”. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte em questão: as questões da arte. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 24.

3

"O mito e a arte de Sófocles nos trazem a mais profunda reflexão sobre a questão sempre atual da essência da Polis e do exercício do poder, que ela necessariamente implica. Essa questão também será um dos temas centrais da obra de Platão, não pelo viés dos políticos e suas demagogias, mas pela junção essencial que há entre saber e poder. Qual novo “Édipo”, Platão vai experimentar a mesma travessia dele. É o que ele nos mostra na “Sétima carta”. Acreditando mais em Platão que em Sófocles, também Heidegger irá amargar as contradições do exercício do poder da Polis. Presente nestes três gênios, o enigma maior da essência do saber e do sentido do agir" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. “Heidegger e as questões da arte”. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte em questão: as questões da arte. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 24.