Medida

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:A questão na vigência do questionar mede seus julgamentos (krisis/crítica) pela medida do sentido e verdade do Ser e não apenas pela medida do ser do sendo, um ser concebido ideal e paradigmaticamente, pressupõe abertura para o envio dos diferentes modos de a physis se manifestar. A physis é a medida da lei e a lei da medida. São as experienciações do real sendo.
:A questão na vigência do questionar mede seus julgamentos (krisis/crítica) pela medida do sentido e verdade do Ser e não apenas pela medida do ser do sendo, um ser concebido ideal e paradigmaticamente, pressupõe abertura para o envio dos diferentes modos de a physis se manifestar. A physis é a medida da lei e a lei da medida. São as experienciações do real sendo.
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Está, portanto, em contínuo e profundo diálogo com a techné e a episteme. Mas para ultrapassá-las como techné da poiesis e noein do einai (cf. Parmênides: ''Peri physeos'').

Edição de 16h41min de 1 de Abril de 2010

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"O divino é 'a medida' com a qual o homem confere medida ao seu habitar, à sua morada e demora sobre a terra, sob o céu. Somente porque o homem faz, desse modo, o levantamento da medida de seu habitar é que ele consegue ser na medida de sua essência" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Ensaios e conferências. Trad. Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel, Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 172.


2

A questão na vigência do questionar mede seus julgamentos (krisis/crítica) pela medida do sentido e verdade do Ser e não apenas pela medida do ser do sendo, um ser concebido ideal e paradigmaticamente, pressupõe abertura para o envio dos diferentes modos de a physis se manifestar. A physis é a medida da lei e a lei da medida. São as experienciações do real sendo.

Está, portanto, em contínuo e profundo diálogo com a techné e a episteme. Mas para ultrapassá-las como techné da poiesis e noein do einai (cf. Parmênides: Peri physeos).


- Manuel Antônio de Castro


Ver também


3

"Assim como a medida converte o tempo em razão, a identidade converte o lugar a uma espécie de extensão espacial sem localidade. A identidade assegura o predomínio da ideia para o senso comum. Tanto a medida assegura a temporalidade da ideia, quanto a identidade assegura a sua espacialidade. Esse é o modo como ficam afastadas assim, ao menos por parte da ideia, uma série de possibilidades dinamizadoras da realidade, e esta fica reduzida a uma temporalidade-espacialidade determinada pelas ações-realizações, bem como por aquilo que é capaz de caber no âmbito da ideia, ser por ela identificado e medido" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, pp. 71-2.


4

"A medida, a identidade, a analogia e a análise estruturam uma série de concepções acerca do que é o real, a verdade, o ser, a unidade. A medida sem dimensão, a identidade sem diferença, a analogia que progressivamente, racionaliza, e a análise que, ascendente e progressivamente, descendente e regressivamente, é capaz de desligar, conformam os modos próprios de predomínio da ideia. Tudo isso concorre para a confecção de uma realidade sem espessura, sem densidade, linear e progressiva, uma realidade ideal" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 72.
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