Imaginação

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "O olho vê, a lembrança revê e a imaginação transvê" (1)
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: (1) BARROS, Manoel de. "Livro sobre nada". In: ----. ''Poesia completa''. São Paulo, Leya, 2013, p. 324.
: (1) BARROS, Manoel de. "Livro sobre nada". In: ----. ''Poesia completa''. São Paulo, Leya, 2013, p. 324.
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Edição de 01h57min de 15 de Setembro de 2017

Tabela de conteúdo

1

"Mentira e realidade são uma coisa só. Tudo pode acontecer. Tudo é sonho e verdade. Tempo e espaço não existem. Sobre a frágil base da realidade, a imaginação tece sua teia e desenha novas formas, novos destinos" (1).


(1) Referência:
Strindberg. Peça teatral "Sonhos". Passagem citada no filme de Ingmar Bergman Fanny e Alexander, 1982.

2

A construção do homem e da realidade, através da imaginação, pode levar ao equívoco. Primeiro, porque a imaginação pode aparecer como uma mediação na tensão finito/infinito. Segundo, porque, no parecer de Kierkegaard, "a imaginação é geralmente o agente da infinitização, não é uma faculdade como as outras... mas, por assim dizer, é o seu proten" (1). Para além da imaginação está a abertura do homem ao ser, que se dá como clareira.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) KIERKEGAARD, Soren Aabye. O desespero humano. 6.e. Porto: Livraria Tavares Martins, 1979, p. 62.


Ver também:
*Vontade

3

"O olho vê, a lembrança revê e a imaginação transvê" (1)


Referência:
(1) BARROS, Manoel de. "Livro sobre nada". In: ----. Poesia completa. São Paulo, Leya, 2013, p. 324.

4

"Não são só os infantes que fabulam, alguns adultos também. Também eles constroem narrativas fabulosas, imaginárias, ou, numa palavra geralmente mais aceita pelos teóricos literários, ficcionais. Até se fala em gênero ficcional, o que julgamos impróprio, pois a ficção não é um gênero, é a própria essência do literário. A ficcionalidade é a literariedade " (1).
Referência:


(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ficção e literatura infantil". In: ------------. Tempos de Metamorfose. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994, p. 133.


5

"Quando a galinha choca o ovo, é o próprio ovo que eclode no que já é e será, o pinto, e este não é uma criação da imaginação da galinha. O mesmo acontece com a criação poética: o autor apenas choca o que a linguagem cria. A dita faculdade criativa da imaginação é um desvio enganoso do sujeito racional prepotente" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: ------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 218.


6

"O sentido atual de fantasiar é tanto imaginar como vestir uma fantasia. Porém, a palavra vem do grego phantasia. É um substantivo formado do verbo grego phaino, que significa manifestar, daí também se origina a palavra fenômeno. Fantasiar é poder manifestar o quê? Fantasiar diz imaginar e vestir uma fantasia. Os dois sentidos não se excluem, integram-se. Revestir-se de uma fantasia como imaginar (isto é, apropriar-se do que é próprio) é realizar a travessia enquanto destino (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. “Grande Ser-Tao: diálogos amorosos”. In: SECCHIN, Antônio Carlos et alii. Veredas no sertão rosiano. Rio de Janeiro: 7Letras, 2007, p. 153.