Experiência

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) PRIGOGINE, Ilya. "Estaremos às vésperas de um terceiro humanismo?". In? Revista ''Tempo Brasileiro''. Rio de Janeiro, 168, jan.-mar., 2007, p.7.
: (1) PRIGOGINE, Ilya. "Estaremos às vésperas de um terceiro humanismo?". In? Revista ''Tempo Brasileiro''. Rio de Janeiro, 168, jan.-mar., 2007, p.7.
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: "Vivendo, os [[homens]] vão experimentando a [[paixão]] de [[viver]] e aprendendo com esta [[experiência]]. [[Pensar]] é a [[disciplina]], a [[ascese]] e o ordenamento desta [[paixão]]" (1). "[[Pensar]] é [[cuidar]] da [[paixão]] de [[viver]], é [[sentir]] o [[sentido]] da [[paixão]] de [[viver]].  Lançados no rio da [[vida]], esta se torna [[questão]], pois é no [[pensar]] que a [[questão]] se torna o desafio do [[pensar]], do experienciá-la enquanto [[paixão]]. [[Cuidar]] é, essencialmente, deixar eclodir no [[pensar]] apaixonado um [[figurar]] da [[vida]]" (2).
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: Referência:
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Definições de filosofia". In: Revista ''Tempo Brasileiro'', 130/131, 1997, p. 145.
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: (2) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de ''Cura'' e o ser humano''. In: --------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p.229.

Edição de 14h44min de 30 de Setembro de 2017

1

"Toda experiência, diz Aristóteles, contém na sua integralidade várias dimensões. Ela remete para uma origem, um princípio. Instala o limite, elabora e expõe um conteúdo. Mobiliza um processo, isto é, um conjunto variável de referências e remissões. Ela instala um lugar, isto é, uma localização no tempo e no espaço, no tempo cultural, no espaço histórico e no espaço físico e no movimento, no tempo físico. Por último, esta experiência integra também um destino, tanto no sentido de uma finalidade, quanto no sentido de um desenvolvimento" (1). Ver a palavra experienciação.


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Aristóteles e as questões da arte". In: CASTRO, Manuel Antônio de (Org.). Arte em questão: as questões da arte. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 116.


Ver também:


2

"A medida do entre tanto é a vida quanto é a morte. Na medida está o sentido, no sentido está a medida. Toda procura, no fundo, é sempre a procura do sentir do sentido. É justamente isso que denomino aqui experienciação e não (jamais!) experiência. Toda procura advém sempre enquanto experienciação. Todo conceito advém sempre enquanto experiência. É por isso que posso dizer que “Fulano é experiente no fazer artefatos de madeira, de barro, em dar aula etc”. Todavia, jamais posso dizer que alguém é experiente na experienciação de morrer. Das experiências surge um aprendizado, passível de ser ensinado, porque é um saber baseado em conceitos, por exemplo, um carpinteiro que ensina o aprendiz a fazer móveis. Das experienciações surge uma aprendizagem, algo absolutamente pessoal e impossível de ser ensinado, porque não é redutível aos conceitos. A aprendizagem é experienciação das questões" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 215.


3

"Existem, em suma, duas experiências: a experiência do repetitivo (a experiência do sol que nasce todas as manhãs a tal e tal hora, previsível) e a experiência da criatividade" (1).


Referência:
(1) PRIGOGINE, Ilya. "Estaremos às vésperas de um terceiro humanismo?". In? Revista Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro, 168, jan.-mar., 2007, p.7.


4

"Vivendo, os homens vão experimentando a paixão de viver e aprendendo com esta experiência. Pensar é a disciplina, a ascese e o ordenamento desta paixão" (1). "Pensar é cuidar da paixão de viver, é sentir o sentido da paixão de viver. Lançados no rio da vida, esta se torna questão, pois é no pensar que a questão se torna o desafio do pensar, do experienciá-la enquanto paixão. Cuidar é, essencialmente, deixar eclodir no pensar apaixonado um figurar da vida" (2).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Definições de filosofia". In: Revista Tempo Brasileiro, 130/131, 1997, p. 145.
(2) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano. In: --------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p.229.