Existir

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) PESSANHA, Fábio Santana. ''A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 54.
: (1) PESSANHA, Fábio Santana. ''A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 54.
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: Nosso [[tempo]] é um [[tempo]] acelerado. Parece uma [[vida]] com muitas [[vidas]], de muitas [[vivências]]. Mas aí entra a [[questão]] ontológica e esta diz respeito diretamente ao [[tempo]] da [[experienciação]]. O [[tempo]] da [[experienciação]] é o [[tempo]] da ''metábole'' ([[movimento]] essencial). Toda [[transformação]] precisa radicalmente de um [[tempo]] [[próprio]], o [[tempo]] de [[ser]] se manifestando e transformando, pelo qual se [[é]] mais do que uma [[forma]]: simplesmente se [[é]]. Neste, ''o que [[é]]'' se manifesta em ''o como [[é]]''. E ''o como é'' ou [[vivências]] se transformam não apenas n’''o como se conhece'', mas no ''[[sentido]] do que [[é]]'', pois [[ser]] é [[agir]] e [[agir]] se manifestando é o advir do [[sentido]], tanto ''do que é'', quanto ''do como se conhece'', isto é, transforma no [[ser humano]] a [[vivência]] em [[experienciação]], daí no [[ser humano]] não haver apenas [[vida]], mas o [[existir]].
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: - [[Manuel Antônio de Castro]].

Edição de 15h24min de 26 de Setembro de 2017

Consultar também Existência.

1

Existir é questionar, pois questionar nos lança ininterruptamente no não-saber e no saber, através de perguntas e respostas, passos de uma travessia até o advento da morte, que é a mais enigmática das perguntas e para a qual nunca se deu e nem se dará uma resposta definitiva, aliás como para qualquer questão. Por isso, para o ser humano viver não consiste em ter vida como os outros seres vivos. Para ele viver é existir. Eis a diferença ontológica.


- Manuel Antônio de Castro

2

“É preciso existir para sentir dor, uma dor que vem junto com o existir, não depois; é preciso estar no mundo para com ele permanecermos na imprecisão de uma certeza, na certeza de um duvidar: sendo uma questão” (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 54.


3

Nosso tempo é um tempo acelerado. Parece uma vida com muitas vidas, de muitas vivências. Mas aí entra a questão ontológica e esta diz respeito diretamente ao tempo da experienciação. O tempo da experienciação é o tempo da metábole (movimento essencial). Toda transformação precisa radicalmente de um tempo próprio, o tempo de ser se manifestando e transformando, pelo qual se é mais do que uma forma: simplesmente se é. Neste, o que é se manifesta em o como é. E o como é ou vivências se transformam não apenas n’o como se conhece, mas no sentido do que é, pois ser é agir e agir se manifestando é o advir do sentido, tanto do que é, quanto do como se conhece, isto é, transforma no ser humano a vivência em experienciação, daí no ser humano não haver apenas vida, mas o existir.


- Manuel Antônio de Castro.