Dia

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: O [[tempo]] se dá no seu [[acontecer]] como um ciclo de [[dias]] e [[noites]]. O [[dia]] é o [[tempo]] se manifestando como [[pensar]], [[saber]] e [[verdade]]; já a [[noite]] é o [[tempo]] se ocultando como [[não-saber]] e [[não-verdade]]. Quem os preside é o [[ser]], o sol, [[luz]] [[originária]] e [[energia]] irradiante que dá [[unidade]] à luminosidade do [[dia]] e à escuridão da [[noite]].
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Edição de 02h23min de 9 de Abril de 2020

1

"Há a ideia circular do acontecer do dia e da noite. Nós mesmos estamos essencialmente ligados a essa dobra da vida. Em verdade, nunca sabemos quando termina o dia e começa a noite.
Fernando Pessoa, no belíssimo poema “Vem, Noite, antiquíssima e idêntica” (1), tematiza essa dobra essencial. Há, nesse sentido, um retorno do mesmo, uma aparente repetição das estações e, em um plano mais profundo, do nascer e morrer. Este vigorar incessante já lança todo ser humano e toda cultura na questão do permanecer e mudar, do universal no universo. Nisso consiste o tempo do círculo-mítico" (2).


Referência:
(1) PESSOA, Fernando. Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1965, p.311.
(2) CASTRO, Manuel Antônio de. "Época e tempo poético". In: ---------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 292.

2

O tempo se dá no seu acontecer como um ciclo de dias e noites. O dia é o tempo se manifestando como pensar, saber e verdade; já a noite é o tempo se ocultando como não-saber e não-verdade. Quem os preside é o ser, o sol, luz originária e energia irradiante que dá unidade à luminosidade do dia e à escuridão da noite.


- Manuel Antônio de Castro

3

"O vigor de cada dia é um" (1).


Referência:
(1) HERÁCLITO. Fragmento 106. In: Os pensadores originários - Anaximandro, Parmênides, Heráclito. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 87.
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