Habitação
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
(→1) |
||
Linha 7: | Linha 7: | ||
: - [[Manuel Antônio de Castro]] | : - [[Manuel Antônio de Castro]] | ||
- | |||
: Referência: | : Referência: | ||
: (1) ELIADE, Mircea. '''O sagrado e o profano'''. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 54. | : (1) ELIADE, Mircea. '''O sagrado e o profano'''. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 54. | ||
- | |||
: * Ver [[Casa]]. | : * Ver [[Casa]]. |
Edição de 02h39min de 3 de Julho de 2021
1
- "A habitação não é um objeto, uma máquina para habitar; é o Universo que o homem construiu para si imitando a Criação exemplar dos deuses, a cosmogonia" (1).
- Há aqui dois aspectos: o primeiro é o sentido de todo habitar; o segundo é o lugar do homem também como criador, numa semelhança com o criar cosmogônico dos deuses: é o lugar misterioso do homem e sua ação, reduzido a um imitar. Porém, essa visão epistemológica perde o próprio da essência do habitar, porque separa o habitar e criar dos deuses do habitar e criar [[humano. Não há nem pode haver essa separação. Em sentido próprio, o ser humano não cria, apenas manifesta a realidade que já lhe foi dada pelo sagrado. Desse modo, habitar é ser linguagem na medida da escuta da voz do sagrado. Por isso, habitar é ser linguagem sendo mundo, sendo memória, sendo tempo, simplesmente sendo. Nosso destino é ser habitante da terra e do céu: do universo.
- Referência:
- (1) ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 54.
- * Ver Casa.