Doar

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "Do ente dizemos: ele é. No que diz respeito à questão do "ser" e no que diz respeito à questão "tempo", permanecemos cautelosos. Não dizemos: ser é, tempo é: mas dá-se ser e dá-se tempo. Primeiro modificamos com essa expressão apenas um uso de linguagem. Em vez de "ele é", dizemos "dá-se" " (1).
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: "Do [[ente]] dizemos: ele [[é]]. No que diz respeito à [[questão]] do "[[ser]]" e no que diz respeito à [[questão]] "[[tempo]]", permanecemos cautelosos. Não dizemos: [[ser]] [[é]], [[tempo]] [[é]]: mas dá-se [[ser]] e dá-se [[tempo]]. Primeiro modificamos com essa expressão apenas um uso de [[linguagem]]. Em vez de "ele [[é]]", dizemos "dá-se" " (1).
: Referência:  
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: (1) HEIDEGGER, Martin. "Tempo e ser". In: -----. ''Conferências e escritos filosóficos - Coleção Os pensadores''. Trad. e Notas: Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 259.
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: (1) HEIDEGGER, Martin. "Tempo e ser". In: -----. ''Conferências e escritos filosóficos - Coleção Os pensadores''. Trad., Introduções e Notas: Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 259.

Edição de 14h54min de 16 de Maio de 2018

Tabela de conteúdo

1

O doar como e enquanto presente é o ser presentificante (no duplo sentido de que se faz presente e se torna presente como o que se doa). Presentificar-se e doar-se são um e o mesmo, pois no doar não há um transferir de algo para algo nem de alguém para alguém. De algum modo, eis aí a essência do amar, contudo, este é ambíguo, pois se confunde muito a essência do amar com o receber sem se pensar o doar. E sobretudo deve-se pensar o receber algo e o receber o que se é, ou seja, o destino como doação. Os sofrimentos causados pela paixão, advêm sobretudo dessa ambiguidade e perda do horizonte do amar.


- Manuel Antônio de Castro


2

"Em Platão, idea não diz nem conceito, no sentido de um conteúdo de significação, nem noção, no sentido de uma essência de articulação, nem representação, no sentido de uma imagem de substituição, nem modelo, no sentido de um paradigma de orientação. Idea é doação de ser" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "VII - Idea=doação de ser". In: -------. Filosofia grega - uma introdução. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 205.

3

"o ser humano em sua Essência é uma doação do Ser. Este, doando-se enquanto pensamento e linguagem, é que possibilita ao ser humano consumar o que é, isto é, conhecer e chegar a conhecer-se nas e fora das disciplinas que são, em última instância, uma doação do Ser, da realidade


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser humano e seus limites". In: MONTEIRO, Maria da Conceição e Outros (org.). Além dos limites - ensaios para o século XXI. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2013, p. 229.

4

"O adágio escolástico nemo dat quod non habet - ninguém dá o que não tem - só vale mesmo de coisas e conteúdos dados, de tudo que é estático, que já está pronto e acabado e não tem que e o que ainda vir a ser. Ora, nas relações de vida, de ser e realizar-se em ininterrupto vir a ser, ninguém pode dar o que tem. Qualquer um só pode dar mesmo o que não tem, pois quem aqui desse o que tem não, daria. Tiraria, antes, do outro o perfil de ser outro e, com isso, toda possibilidade de aceitar ou recusar. O que quer que alguém me possa dar, uma coisa, certamente, nunca me poderá dar, a possibilidade de receber. Esta todos já devemos ter conosco e trazer com nosso próprio ser, para podermos receber alguma coisa" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "VII - Idea=doação de ser". In: -------. Filosofia grega - uma introdução. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 205.

5

" Pensar diz respeito à essência do humano, porque nele procuramos realizar e chegar a ser as possibilidades próprias do que cada um já desde sempre é. E cada um é por uma doação do Ser, sendo, portanto, uma singularidade, um próprio, irredutível a uma generalização conceitual" (1).


Referência;
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Dialética: a verdade do ser". In: ---------. www.Travessiapoetica, Blogspot.com.


6

"Do ente dizemos: ele é. No que diz respeito à questão do "ser" e no que diz respeito à questão "tempo", permanecemos cautelosos. Não dizemos: ser é, tempo é: mas dá-se ser e dá-se tempo. Primeiro modificamos com essa expressão apenas um uso de linguagem. Em vez de "ele é", dizemos "dá-se" " (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. "Tempo e ser". In: -----. Conferências e escritos filosóficos - Coleção Os pensadores. Trad., Introduções e Notas: Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 259.
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