Chuang Tzu

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "O [[tema]] central dos escritos de [[Chuang Tzu]] gira em torno da [[liberdade]]. Não a [[liberdade]] específica que conhecemos hoje, mas uma [[liberdade]] [[originária]]. Sua [[questão]] básica era averiguar como pode o [[homem]] [[viver]] em um [[mundo]] consubstanciado pelo [[caos]], pelo [[sofrimento]] e pelo absurdo, isto é, o non-sense, o sem-sentido, o [[ilógico]], alógico, metalógico. E a [[resposta]] do [[sábio]] é com outra [[questão]]: para [[libertar-se]] do [[sofrimento]], da [[dor]], do [[desconcerto do mundo]], da incoerência do planeta liberte-se do [[mundo]]. Mas como se libertar do [[mundo]] estando inserido no [[mundo]]? Como [[se libertar]] do [[planeta]] e continuar vivo sobre a face da [[Terra]]? A [[libertação]] aqui é a [[libertação]] dos [[conceitos]], dos condicionamentos, das [[dicotomias]]" (1).

Edição de 21h44min de 20 de Maio de 2025

Tabela de conteúdo

1

"Chuang Tzu é, sem dúvida, o primeiro grande pensador originário chinês. Notemos que o colocamos no mesmo patamar dos pensadores originários gregos. Antes dele houve o mestre Lao Tsé, que não sabemos se é fictício, se é lendário. Não temos como avaliar se realmente existiu. Mas a vida e a obra de Chuang Tzu está preservada até hoje através de seus escritos. Devido à sua importância, o vemos como um pensador originário" (1).


Referência:
(1) ROCHA, Antônio Carlos Pereira Borba. "Diálogo com Chuang Tzu, hoje". In: Revista Tempo Brasileiro, 171 - Permanência e atualidade da Poética. Rio de Janeiro, out.-dez., 2007, p. 162.

2

"O tema central dos escritos de Chuang Tzu gira em torno da liberdade. Não a liberdade específica que conhecemos hoje, mas uma liberdade originária. Sua questão básica era averiguar como pode o homem viver em um mundo consubstanciado pelo caos, pelo sofrimento e pelo absurdo, isto é, o non-sense, o sem-sentido, o ilógico, alógico, metalógico. E a resposta do sábio é com outra questão: para libertar-se do sofrimento, da dor, do desconcerto do mundo, da incoerência do planeta liberte-se do mundo. Mas como se libertar do mundo estando inserido no mundo? Como se libertar do planeta e continuar vivo sobre a face da Terra? A libertação aqui é a libertação dos conceitos, dos condicionamentos, das dicotomias" (1).


Referência:
(1) ROCHA, Antônio Carlos Pereira Borba. "Diálogo com Chuang Tzu, hoje". In: Revista Tempo Brasileiro, 171 - Permanência e atualidade da Poética. Rio de Janeiro, out.-dez., 2007, p. 167.

3

"O senso comum tem a tendência de excluir ou um ou outro, ou o feio ou o bonito, o alto ou o baixo etc. O pensamento originário propõe os dois ao mesmo tempo e automaticamente nenhum; e antes de pensarmos em niilismo, negativismo, derrotismo, vemos aí a presença do “entre”. Heidegger foi muito feliz nesta tradução do “entre”, pois vemos na questão do Entre-ser [Em alemão: Dasein], uma compreensão, uma vivência tipicamente recomendada por Chuang Tzu" (1).


Referência:
(1) ROCHA, Antônio Carlos Pereira Borba. "Diálogo com Chuang Tzu, hoje". In: Revista Tempo Brasileiro, 171 - Permanência e atualidade da Poética. Rio de Janeiro, out.-dez., 2007, p. 168.


4

"O pensamento de Chuang Tzu diz que somos e não somos. Somos inteiros e não somos. Somos únicos e não somos. Somos independentes e não somos. Somos interdependentes, em vez de independentes. Somos e não somos autônomos" (1).


Referência:
(1) ROCHA, Antônio Carlos Pereira Borba. "Diálogo com Chuang Tzu, hoje". In: Revista Tempo Brasileiro, 171 - Permanência e atualidade da Poética. Rio de Janeiro, out.-dez., 2007, p. 168.
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