Fim

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"Existir é a peregrinação do silêncio nas falas das realizações de um tempo originário. Sem dúvida, sempre temos uma meta, sempre estamos no tempo, sempre seguimos uma direção. Mas, porque está em jogo o Ser e o Nada, cada passo de nossa passagem pela ponte dos mundos atinge a meta, se dá no tempo e mantém a direção. Pois é a própria caminhada que constitui a meta, é o próprio [[caminho]] que se faz direção, é o próprio limite que instala o tempo."
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: "[[Existir]] é a peregrinação do [[silêncio]] nas falas das [[realizações]] de um [[tempo]] [[originário]]. Sem dúvida, [[sempre]] temos uma [[meta]], [[sempre]] estamos no [[tempo]], [[sempre]] seguimos uma [[direção]]. Mas, porque está em [[jogo]] o [[Ser]] e o [[Nada]], cada passo de nossa passagem pela [[ponte]] dos [[mundos]] atinge a [[meta]], se dá no [[tempo]] e mantém a [[direção]]. Pois é a própria [[caminhada]] que constitui a [[meta]], é o próprio [[caminho]] que se faz [[direção]], é o próprio [[limite]] que instala o [[tempo]]" (1).
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: Com certeza, em toda [[caminhada]] temos uma [[meta]], um [[fim]], um [[objetivo]]. Em toda [[ação]] já a orienta um [[fim]], uma [[meta]], um [[objetivo]]. Enfim, há sempre um [[motivo]], seja ele qual for, que varia de acordo com o  [[próprio]] de cada [[pessoa]].
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:(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. ''Aprendendo a pensar II''. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 29.
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. '''[[Aprendendo]] a [[pensar]] II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 29.'''
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' [[Poético]]-[[ecologia]]. In: [[Arte]]: [[corpo]], [[mundo]] e [[terra]]. CASTRO, Manuel Antônio de (org.). Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 29.'''
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: "Ao nascermos já trazemos em nós, necessariamente, um [[fim]] para o qual tendemos no nosso [[viver]]. Só que podemos falar de três [[fins]] em nossa [[vida]]. Mas [[fim]] é uma [[palavra]] ambígua que se pode prestar a grandes [[equívocos]]. Tentemos [[pensar]]. [[Fim]] é uma [[tradução]] da [[palavra]] grega ''[[telos]]''. Não podemos [[pensar]] o ''[[telos]]'' sem nos voltarmos para ''[[Eros]]'', a [[energia]] [[originária]], ou seja, ''[[Eros]]'' é a [[essência]] do [[agir]]" (1).
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:  (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' [[Poético]]-[[ecologia]]. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). [[Arte]]: [[corpo]], [[mundo]] e [[terra]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 24.'''
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: "A [[história]] da [[humanidade]] se tem movido em ciclos de vinte e cinco séculos. A cada dois milênios e meio fecha-se um ciclo. Atinge-se um clímax e instala-se um [[fim]], mas [[fim]] no triplo sentido de término, de [[plenitude]] e de [[transformação]]. É um [[instante]] propício para outra [[realização]] do [[real]] na [[história]] dos [[homens]], quando então poderemos vir a ser mais livremente tanto o que já fomos como o que ainda somos, mas sempre na [[abertura]] de outro [[horizonte]], do [[horizonte]] do que seremos" (1).
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. '''O que é [[pensar]]? Conferência proferida na Academia Brasileira de Letras, em 2017.'''
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: "[[Princípio]] e [[fim]] se reúnem na [[circunferência]] do [[círculo]]" (1).
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: (1) [[HERÁCLITO]]. Fragmento  103. In: '''Os [[pensadores]] [[originários]] - Anaximandro, Parmênides, [[Heráclito]]. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 1991, p.  87.'''

Edição atual tal como 15h48min de 28 de Maio de 2025

1

"Existir é a peregrinação do silêncio nas falas das realizações de um tempo originário. Sem dúvida, sempre temos uma meta, sempre estamos no tempo, sempre seguimos uma direção. Mas, porque está em jogo o Ser e o Nada, cada passo de nossa passagem pela ponte dos mundos atinge a meta, se dá no tempo e mantém a direção. Pois é a própria caminhada que constitui a meta, é o próprio caminho que se faz direção, é o próprio limite que instala o tempo" (1).
Com certeza, em toda caminhada temos uma meta, um fim, um objetivo. Em toda ação já a orienta um fim, uma meta, um objetivo. Enfim, há sempre um motivo, seja ele qual for, que varia de acordo com o próprio de cada pessoa.


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 29.
Ver também:
* Cosmo

2

"Sentido significa caminho e fim. Mas o que entender por caminho e fim? Fim não é poético-ecologicamente término, acabamento. É muito mais levar ao limite da plenitude a plenitude do limite" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Poético-ecologia. In: Arte: corpo, mundo e terra. CASTRO, Manuel Antônio de (org.). Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 29.

3

"Ao nascermos já trazemos em nós, necessariamente, um fim para o qual tendemos no nosso viver. Só que podemos falar de três fins em nossa vida. Mas fim é uma palavra ambígua que se pode prestar a grandes equívocos. Tentemos pensar. Fim é uma tradução da palavra grega telos. Não podemos pensar o telos sem nos voltarmos para Eros, a energia originária, ou seja, Eros é a essência do agir" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Poético-ecologia. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 24.

4

"A história da humanidade se tem movido em ciclos de vinte e cinco séculos. A cada dois milênios e meio fecha-se um ciclo. Atinge-se um clímax e instala-se um fim, mas fim no triplo sentido de término, de plenitude e de transformação. É um instante propício para outra realização do real na história dos homens, quando então poderemos vir a ser mais livremente tanto o que já fomos como o que ainda somos, mas sempre na abertura de outro horizonte, do horizonte do que seremos" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. O que é pensar? Conferência proferida na Academia Brasileira de Letras, em 2017.

5

"Princípio e fim se reúnem na circunferência do círculo" (1).


Referência:
(1) HERÁCLITO. Fragmento 103. In: Os pensadores originários - Anaximandro, Parmênides, Heráclito. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 87.
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