Musicalidade
De Dicionário de Poética e Pensamento
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- | : "A [[noite]] nĂŁo Ă© o [[silĂȘncio]] | + | : "A [[noite]] nĂŁo Ă© o [[silĂȘncio]] apĂĄtico. Nela a [[vida]] [[latente]] tem todas as [[vozes]] da [[realidade]] se realizando em [[silĂȘncio]]. A [[noite]] Ă© o [[silĂȘncio]] em sua concentração mĂĄxima de [[fala]]. Ă tanta [[fala]] que nĂŁo temos ouvidos para [[ouvir]]. SĂł a [[loucura]] ou desrazĂŁo [[calma]] e acolhedora abre nossos ouvidos para a [[musicalidade]] da [[noite]]. [[Musicalidade]] Ă© promessa de [[patĂȘncia]] na [[latĂȘncia]]. Esta Ă© a [[potĂȘncia]] de toda [[obra de arte]]" (1). |
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- | : (1) CASTRO, Manuel AntĂŽnio de. "Passado". In: -----. | + | : (1) CASTRO, Manuel AntĂŽnio de.''' "[[Passado]]". In: -----. [[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 258.''' |
Edição atual tal como 22h20min de 26 de Maio de 2025
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- "A noite nĂŁo Ă© o silĂȘncio apĂĄtico. Nela a vida latente tem todas as vozes da realidade se realizando em silĂȘncio. A noite Ă© o silĂȘncio em sua concentração mĂĄxima de fala. Ă tanta fala que nĂŁo temos ouvidos para ouvir. SĂł a loucura ou desrazĂŁo calma e acolhedora abre nossos ouvidos para a musicalidade da noite. Musicalidade Ă© promessa de patĂȘncia na latĂȘncia. Esta Ă© a potĂȘncia de toda obra de arte" (1).
- ReferĂȘncia:
- (1) CASTRO, Manuel AntĂŽnio de. "Passado". In: ------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 258.
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- SilĂȘncio nĂŁo Ă© falta, mas plenitude de possibilidades de sons, palavras, vozes, mĂșsica, porque o silĂȘncio configura a fonte de toda a musicalidade. Musicalidade Ă© a realidade se manifestando em mundo, em sentido, em saber do que se Ă©, do ser. Por isso, o universo Ă© essencialmente musical. O humano enquanto mundo Ă© o vigorar do sentido do silĂȘncio. Quando este silĂȘncio procriador vigora, acontece o humano de todo ser humano. Tal acontecer Ă© o acontecer do destinar-se do sentido da verdade do ser.
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- "A noite nĂŁo Ă© o silĂȘncio apĂĄtico. Nela a vida latente tem todas as vozes da realidade se realizando em silĂȘncio. A noite Ă© o silĂȘncio em sua concentração mĂĄxima de fala. Ă tanta fala que nĂŁo temos ouvidos para ouvir. SĂł a loucura ou desrazĂŁo calma e acolhedora abre nossos ouvidos para a musicalidade da noite. Musicalidade Ă© promessa de patĂȘncia na latĂȘncia. Esta Ă© a potĂȘncia de toda obra de arte" (1).
- ReferĂȘncia: