Sofistas

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(Nova página: __NOTOC__ == 1 == :A antítese sofista fundamental é ''phýsis''/''nomos'': "A antítese assim formulada desempenha um importante papel nas controvérsias do fim do séc. V e princíp...)
(3)
 
(17 edições intermediárias não estão sendo exibidas.)
Linha 1: Linha 1:
__NOTOC__
__NOTOC__
== 1 ==
== 1 ==
-
:A antítese sofista fundamental é ''phýsis''/''nomos'': "A antítese assim formulada desempenha um importante papel nas controvérsias do fim do séc. V e princípios e meados do séc. IV, em especial nas doutrinas da origem da cultutra, na epistemologia, na filosofia da linguagem e na ética". (1) Ver diálogo de Platão, ''Górgias'' (482 E bis 484 B).
+
: A antítese [[sofista]] fundamental é ''[[phýsis]]'' / ''nómos'': "A antítese assim formulada desempenha um importante papel nas controvérsias do fim do séc. V e princípios e meados do séc. IV, em especial nas [[doutrina|doutrinas]] da [[origem]] da [[cultura]], na [[epistemologia]], na [[filosofia]] da [[linguagem]] e na [[ética]]." (1) Cf. diálogo de Platão, ''Górgias'' (482e até 484b).
-
:Referência:
+
: Referência:
-
:(1) GRASSI, Ernesto. ''Arte e mito''. Lisboa: Livros do Brasil, s/d, p.84.
+
: (1) GRASSI, Ernesto. '''[[Arte]] e [[mito]]. Lisboa: Livros do Brasil, s/d, p. 84.'''
 +
 
 +
== 2 ==
 +
: Nos ensinamentos sofísticos, a ''[[areté]]'' política é a ''[[tékhne]]'' política, já que a ''[[tékhne]]'' é a [[essência]] dos ensinamentos sofísticos. Assim, todos os [[homens]] têm, inatos, o sentido da [[lei]] e da [[justiça]], mas o [[dom]] de Prometeu, o saber técnico, só pertence aos especialistas. Justamente, combate os [[sofistas]] ao [[perguntar]]: o que é isto - o [[Bem]]? Aí não há uma [[medida]] epistêmica. O [[isto]] nos lança no [[originário]], que é sempre [[verbal]].
 +
 
 +
 
 +
:- [[Manuel Antônio de Castro]]
 +
 
 +
== 3 ==
 +
: "[[Sofista]] designa o [[sábio]]. Como [[diferenciar]] o [[sábio]] de que [[Heráclito]] fala do [[sofista]]? O [[sofista]] fala e ensina o que sabe como [[fala]] do seu [[logos]] e a [[sabedoria]] de [[Heráclito]] se dá pela [[escuta]] do ''[[Logos]]'', pela qual surge a [[sabedoria]] em torno do [[ser]]/''[[physis]]'', o "[[tudo]] é [[um]]". O [[sofista]] é um comunicador. Para ele a [[linguagem]] é um [[instrumento]]. Hoje a [[gramática]] e seu ensino reproduz o ensino do [[sofista]]. Como e por que a [[linguagem]] foi reduzida a um [[instrumento]]? Eis aí algo complexo" (1).
 +
 
 +
 
 +
: Referência:
 +
 
 +
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. '''[[Linguagem]]: nosso maior [[bem]]. Série Aulas [[Inaugurais]]. Faculdade de Letras, UFRJ, 2o. sem. / 2004, p. 14.'''

Edição atual tal como 22h07min de 18 de março de 2025

1

A antítese sofista fundamental é phýsis / nómos: "A antítese assim formulada desempenha um importante papel nas controvérsias do fim do séc. V e princípios e meados do séc. IV, em especial nas doutrinas da origem da cultura, na epistemologia, na filosofia da linguagem e na ética." (1) Cf. diálogo de Platão, Górgias (482e até 484b).


Referência:
(1) GRASSI, Ernesto. Arte e mito. Lisboa: Livros do Brasil, s/d, p. 84.

2

Nos ensinamentos sofísticos, a areté política é a tékhne política, já que a tékhne é a essência dos ensinamentos sofísticos. Assim, todos os homens têm, inatos, o sentido da lei e da justiça, mas o dom de Prometeu, o saber técnico, só pertence aos especialistas. Justamente, combate os sofistas ao perguntar: o que é isto - o Bem? Aí não há uma medida epistêmica. O isto nos lança no originário, que é sempre verbal.


- Manuel Antônio de Castro

3

"Sofista designa o sábio. Como diferenciar o sábio de que Heráclito fala do sofista? O sofista fala e ensina o que sabe como fala do seu logos e a sabedoria de Heráclito se dá pela escuta do Logos, pela qual surge a sabedoria em torno do ser/physis, o "tudo é um". O sofista é um comunicador. Para ele a linguagem é um instrumento. Hoje a gramática e seu ensino reproduz o ensino do sofista. Como e por que a linguagem foi reduzida a um instrumento? Eis aí algo complexo" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Linguagem: nosso maior bem. Série Aulas Inaugurais. Faculdade de Letras, UFRJ, 2o. sem. / 2004, p. 14.
Ferramentas pessoais