Thanatos
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Apresentação". In: | + | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "Apresentação". In: ----. [[Filosofia]] [[grega]] - uma introdução. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2010, p. 11.''' |
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+ | : Essas três ''[[Queres]]'', Cloto, Láquesis e Átropos, possuem [[funções]] específicas, de acordo com a [[etimologia]] de cada uma delas: CLOTO, em grego ''Klotho'', do [[verbo]] ''klothein, fiar'' é a fiandeira por excelência. Segura o fuso e vai puxando o fio da [[vida]]; LAQUESIS, em grego ''Lakhesis'', do [[verbo]] ''lankhanein'', em sentido lato, ''sortear'', é a que enrola o fio da [[vida]] e sorteia o [[nome]] de quem vai perecer; ÁTROPOS, em grego ''Átropos'', de ''a'' (''a'', alfa privativo), ''não'', e do verbo ''trepein, voltar'', é a que ''não volta atrás'', a inflexível. Sua [[função]] é cortar o fio da [[vida]]" (1). | ||
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Edição atual tal como 21h48min de 30 de janeiro de 2025
1
- "A filosofia grega é uma experiência de Pensamento. Mas não é a única experiência grega de pensamento. Outra experiência grega de Pensamento é o Mito e a Mística. Uma outra, são os deuses e o extraordinário. Ainda uma outra é a Poesia e a Arte. Ainda outra é a Polis e a Politeia. A última, por ser no fundo a primeira experiência grega de Pensamento, é Vida e a Morte, Eros e Thanatos " (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Apresentação". In: ----. Filosofia grega - uma introdução. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2010, p. 11.
- Ver também
- * Morte.
2
- "Em todo existir há sempre um motivo, aquilo que nos move, comove e promove em tudo que fazemos e não fazemos: ser amando. Isso decorre de que não somos nós que nos movemos, mas o amar é que dá a energia e o sentido de todo mover. Amar é experienciar-se no entre Eros e Thanatos. A consumação de Eros é Thanatos, a morte. Esse é o abismo e perigo em que todo amante, porque é mortal, já está lançado" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e ser". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 293.
3
- "A pouco e pouco se desenvolveu a ideia de uma Moira universal, senhora inconteste do destino de todos os homens. Essa Moira, sobretudo após as epopeias homéricas, se projetou em três Moiras, que poderíamos chamar de Queres: Moira determina; as Queres, como sua projeção, fiam o tempo de vida que já foi prefixado e Thanatos (v.), a Morte, comparece, não como agente, mas como executora.
- Essas três Queres, Cloto, Láquesis e Átropos, possuem funções específicas, de acordo com a etimologia de cada uma delas: CLOTO, em grego Klotho, do verbo klothein, fiar é a fiandeira por excelência. Segura o fuso e vai puxando o fio da vida; LAQUESIS, em grego Lakhesis, do verbo lankhanein, em sentido lato, sortear, é a que enrola o fio da vida e sorteia o nome de quem vai perecer; ÁTROPOS, em grego Átropos, de a (a, alfa privativo), não, e do verbo trepein, voltar, é a que não volta atrás, a inflexível. Sua função é cortar o fio da vida" (1).
- Referência:
- (1) BRANDÃO, Junito de Souza. Dicionário mítico-etimológico da Mitologia Grega, volume II, J-Z, 3.ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2000, p. 141.