Historicidade
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | :(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. ''Aprendendo a pensar II | + | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. '''[[Aprendendo]] a [[pensar]] II. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 120.''' |
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- | :Historicidade é a revelação do ser no homem enquanto histórico exercício da [[existência]] humana. | + | : [[Historicidade]] é a [[revelação]] do [[ser]] no [[homem]] enquanto [[histórico]] exercício da [[existência]] [[humana]]. A [[compreensão]] do que seja [[historicidade]] recai [[essencialmente]] então no [[sentido]] [[originário]] de [[existência]]. Qual o seu [[sentido]] [[originário]]? Será nesse [[horizonte]] que se decidirá o alcance da [[palavra]] [[historicidade]]. Porém, não se pode [[falar]] em [[existência]], em [[sentido]] [[originário]], sem [[pensar]] o [[viver]] enquanto [[pensar]], isto é, a [[essência]] do [[agir]]. Nesse [[sentido]] [[agir]] será [[sempre]] [[acontecer]]. A [[história]] compreendida e apreendida enquanto [[acontecer]] é que dá a [[essência]] do [[humano]] na [[vigência]] da [[realidade]], ou seja, do [[tempo]]. [[Pensar]] a [[historicidade]] é [[pensar]] [[ser]] e [[tempo]] e [[tempo]] e [[ser]], ou seja, a [[historicidade]] enquanto [[vigência]] da [[linguagem]]. Tal [[vigência]] é a [[manifestação]], a [[revelação]], da [[realidade]] em sua [[verdade]]. |
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- | :"Pois o histórico diz originariamente, o que vê, percebe e dá testemunho, por questionar. No questionar sabemos e não sabemos: "Significa: empenhar-se na busca e procura do que não se tem, por já se ter e para se vir a ter" (1 | + | : "Pois o [[histórico]] diz [[originariamente]], o que vê, percebe e dá testemunho, por [[questionar]]. No [[questionar]] sabemos e não sabemos: "Significa: empenhar-se na busca e [[procura]] do que não se tem, por já se [[ter]] e para se vir a [[ter]]" (1). |
+ | : Por isso o [[homem]] faz e é feito pela [[História]]" (2). | ||
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- | :( | + | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. '''[[Aprendendo]] a [[pensar]]. Petrópolis: Vozes, 1977, p. 44.''' |
+ | : (2) CASTRO, Manuel Antônio de. '''O [[acontecer]] [[poético]] – A [[história]] [[literária]]. Rio de Janeiro: Antares, 1982, p. 58 ''' | ||
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Edição atual tal como 19h57min de 28 de Dezembro de 2024
1
- "A ontologia que Heidegger elabora é uma ontologia fundamental. Nessa ontologia, deverá dar-se o revelar-se do ser do ente enquanto tal e na sua totalidade, através do histórico exercício da existência humana. A esta revelação do ser no homem chama-se historicidade" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 120.
2
- Historicidade é a revelação do ser no homem enquanto histórico exercício da existência humana. A compreensão do que seja historicidade recai essencialmente então no sentido originário de existência. Qual o seu sentido originário? Será nesse horizonte que se decidirá o alcance da palavra historicidade. Porém, não se pode falar em existência, em sentido originário, sem pensar o viver enquanto pensar, isto é, a essência do agir. Nesse sentido agir será sempre acontecer. A história compreendida e apreendida enquanto acontecer é que dá a essência do humano na vigência da realidade, ou seja, do tempo. Pensar a historicidade é pensar ser e tempo e tempo e ser, ou seja, a historicidade enquanto vigência da linguagem. Tal vigência é a manifestação, a revelação, da realidade em sua verdade.
3
- "Pois o histórico diz originariamente, o que vê, percebe e dá testemunho, por questionar. No questionar sabemos e não sabemos: "Significa: empenhar-se na busca e procura do que não se tem, por já se ter e para se vir a ter" (1).
- Referências:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar. Petrópolis: Vozes, 1977, p. 44.
- (2) CASTRO, Manuel Antônio de. O acontecer poético – A história literária. Rio de Janeiro: Antares, 1982, p. 58
- Ver também: