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De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "No entanto, nem [[tudo]] é [[técnico]] e [[científico]] na [[vida]]. Diz Manoel de Barros no ''Livro sobre nada'':
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio. "Apresentação". In: ''A construção poética do real''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2004, p. 7.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio. "Apresentação". In: '''A construção poética do real'''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2004, p. 7.
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: (2) BARROS, Manoel. ''Livro sobre nada''. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 53.
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: (2) BARROS, Manoel. '''Livro sobre nada'''. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 53.
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: "O [[método]] [[científico]] é sempre delimitado. Ele estabelece pressuposições que não podem ser violadas. [[Tudo]] aquilo que não constar e estiver dentro desses [[limites]] não é [[científico]]. Ora, quando se diz isso, está se dizendo que a [[ciência]] não é [[científica]]. Por quê? A [[ciência]] como [[ciência]] não é [[objeto]] de nenhuma pesquisa [[científica]]. Não é um [[fenômeno]] físico a Física. Não é um [[fenômeno]] químico a Química. Por isso é que há uma tensão entre o [[conhecimento]] propiciado pelo [[método]] e pela [[técnica]], porque [[método]] e [[técnica]] na [[ciência]] se trocam, um constitui o outro. Em vista disso, dizer [[técnica]] ou [[ciência]] não tem muita [[diferença]]. A [[técnica]] é o que possibilita a [[ciência]]. Sem se articularem as [[possibilidades]] de verificação, de comprovação ou de não falsificação, não se constitui uma [[teoria]] [[científica]]. A Física tem uma Pro-física, uma Ante-física, para [[poder]] ser Física. É por isso que a [[diferença]] [[fundamental]] é de constituição. O [[método]] [[lógico]]-[[científico]] se constitui com forças e [[princípios]] que fogem do alcance do próprio [[método]] [[científico]]" (1).
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:  (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Dialética: entre o fechado e o aberto". '''Revista Tempo Brasileiro: Dialética em questão II'''. Editora Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, jul.-set., 2013, 194, p. 11.
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: O [[homem]] [[moderno]] criará a partir da [[imaginação]]. Contudo, para isto haverá uma profunda [[transformação]]. E a grande [[metáfora]] para indicar e conduzir esta [[mudança]] será o [[universo]] como um gigantesco relógio. Nesta [[mudança]] o [[Ser]] é substituído pelo [[Tempo]], mas agora um [[tempo]] que pode ser [[conhecido]], [[medido]] e até se podem efetuar [[intervenções]], [[fundamentadas]], claro, desde então, nesse novo [[conhecimento]] que passou a ser denominado [[científico]], porque [[objetivo]]. E desde então só será [[verdadeiro]] o que for [[científico]]. A prática vai levar a [[metáfora]] do relógio/[[tempo]] para todas as esferas da [[realidade]]/[[natureza]]. Temos de ficar atentos às reduções que se vão operando. A mais complexa é aí o abandono da [[preocupação]] [[ontológica]] com ''o que é'' e o foco único ''no como é'', mas não mais relacionado a ''o que é''. Agora ''o como é'' diz respeito a ''o como se conhece''. É este em última [[instância]] que determina [[tudo]], pois [[tudo]] será [[objeto]] do [[conhecimento]] que se torna o [[verdadeiro]] [[sujeito]], o [[verdadeiro]] “[[criador]]”. Um tal conhecimento é exercido pela [[razão]] [[crítica]], que se fundamenta na ''Razão Crítica'' de Kant.
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: - [[Manuel Antônio de Castro]].
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: "O século XIX se caracterizou pela afirmação do [[paradigma]] [[científico]] como [[modelo]] de [[conhecimento]]. E ocupou [[lugar]] central a [[física]] de [[Newton]], tendo como núcleo [[essencial]] o [[conceito]] de [[lei]]" (1).
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: CASTRO, Manuel Antônio de. "A obra como caos poético", '''ensaio''' não publicado, p. 1.

Edição atual tal como 20h05min de 18 de janeiro de 2024

Tabela de conteúdo

1

"O desenvolvimento técnico ajuda muito a preservar, a divulgar e a multiplicar as próprias criações artísticas".
"No entanto, nem tudo é técnico e científico na vida. Diz Manoel de Barros no Livro sobre nada:


A ciência pode classificar e nomear os órgãos de um
sabiá
mas não pode medir seus encantos.
A ciência não pode calcular quantos cavalos de força
existem
nos encantos de um sabiá(1) (2).


Referências:
(1) CASTRO, Manuel Antônio. "Apresentação". In: A construção poética do real. Rio de Janeiro: 7Letras, 2004, p. 7.
(2) BARROS, Manoel. Livro sobre nada. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 53.

2

"O método científico é sempre delimitado. Ele estabelece pressuposições que não podem ser violadas. Tudo aquilo que não constar e estiver dentro desses limites não é científico. Ora, quando se diz isso, está se dizendo que a ciência não é científica. Por quê? A ciência como ciência não é objeto de nenhuma pesquisa científica. Não é um fenômeno físico a Física. Não é um fenômeno químico a Química. Por isso é que há uma tensão entre o conhecimento propiciado pelo método e pela técnica, porque método e técnica na ciência se trocam, um constitui o outro. Em vista disso, dizer técnica ou ciência não tem muita diferença. A técnica é o que possibilita a ciência. Sem se articularem as possibilidades de verificação, de comprovação ou de não falsificação, não se constitui uma teoria científica. A Física tem uma Pro-física, uma Ante-física, para poder ser Física. É por isso que a diferença fundamental é de constituição. O método lógico-científico se constitui com forças e princípios que fogem do alcance do próprio método científico" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Dialética: entre o fechado e o aberto". Revista Tempo Brasileiro: Dialética em questão II. Editora Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, jul.-set., 2013, 194, p. 11.

3

O homem moderno criará a partir da imaginação. Contudo, para isto haverá uma profunda transformação. E a grande metáfora para indicar e conduzir esta mudança será o universo como um gigantesco relógio. Nesta mudança o Ser é substituído pelo Tempo, mas agora um tempo que pode ser conhecido, medido e até se podem efetuar intervenções, fundamentadas, claro, desde então, nesse novo conhecimento que passou a ser denominado científico, porque objetivo. E desde então só será verdadeiro o que for científico. A prática vai levar a metáfora do relógio/tempo para todas as esferas da realidade/natureza. Temos de ficar atentos às reduções que se vão operando. A mais complexa é aí o abandono da preocupação ontológica com o que é e o foco único no como é, mas não mais relacionado a o que é. Agora o como é diz respeito a o como se conhece. É este em última instância que determina tudo, pois tudo será objeto do conhecimento que se torna o verdadeiro sujeito, o verdadeirocriador”. Um tal conhecimento é exercido pela razão crítica, que se fundamenta na Razão Crítica de Kant.


- Manuel Antônio de Castro.

4

"O século XIX se caracterizou pela afirmação do paradigma científico como modelo de conhecimento. E ocupou lugar central a física de Newton, tendo como núcleo essencial o conceito de lei" (1).


CASTRO, Manuel Antônio de. "A obra como caos poético", ensaio não publicado, p. 1.
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