Floresta

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: A [[metáfora]] da [[floresta]] articula-se com a da [[clareira]], mas Emmanuel Carneiro Leão (1) dá um outro encaminhamento à [[questão]], através do verde, até despontar o [[núcleo]] da [[realidade]], e depois passamos a [[ver]] a outra [[realidade]], a da [[cidade]]. "O [[mistério]] [[silencioso]] da [[floresta]] nos envolve numa [[paisagem]] [[inesperada]], a [[paisagem]] do verdor. É a [[essência]] da [[floresta]] que nos visita com a [[paixão]] da [[natividade]]. Um [[interesse]] [[originário]] começa a fluir em nós e esta [[influência]] nos guia para o [[coração]] da [[floresta]], que de [[selva]] selvagem do [[pensamento]] se faz [[liberdade]] do [[mistério]] de [[ser]] e [[realizar-se]] no verdor do verde e não verde" (1).  
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: A [[metáfora]] da [[floresta]] articula-se com a da [[clareira]], mas Emmanuel Carneiro Leão (1) dá um outro encaminhamento à [[questão]], através do verde, até despontar o [[núcleo]] da [[realidade]], e depois passamos a [[ver]] a outra [[realidade]], a da [[cidade]].  
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: "O [[mistério]] [[silencioso]] da [[floresta]] nos envolve numa [[paisagem]] [[inesperada]], a [[paisagem]] do verdor. É a [[essência]] da [[floresta]] que nos visita com a [[paixão]] da [[natividade]]. Um [[interesse]] [[originário]] começa a fluir em nós e esta [[influência]] nos guia para o [[coração]] da [[floresta]], que de [[selva]] selvagem do [[pensamento]] se faz [[liberdade]] do [[mistério]] de [[ser]] e [[realizar-se]] no verdor do verde e não verde" (1).  
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Heidegger e a modernidade: a correlação de sujeito e objeto". In: ''Aprendendo a Pensar II''. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 185.
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Heidegger e a modernidade: a correlação de sujeito e objeto". In: '''Aprendendo a Pensar II'''. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 185.
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Edição de 01h18min de 6 de Julho de 2021

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A metáfora da floresta articula-se com a da clareira, mas Emmanuel Carneiro Leão (1) dá um outro encaminhamento à questão, através do verde, até despontar o núcleo da realidade, e depois passamos a ver a outra realidade, a da cidade.
"O mistério silencioso da floresta nos envolve numa paisagem inesperada, a paisagem do verdor. É a essência da floresta que nos visita com a paixão da natividade. Um interesse originário começa a fluir em nós e esta influência nos guia para o coração da floresta, que de selva selvagem do pensamento se faz liberdade do mistério de ser e realizar-se no verdor do verde e não verde" (1).


- Manuel Antônio de Castro
Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Heidegger e a modernidade: a correlação de sujeito e objeto". In: Aprendendo a Pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 185.

2

"- Há uma falta de entendimento do que é uma floresta?
- As pessoas imaginam que a floresta é constituída apenas por árvores. Não estamos falando de um arranjo de árvores que podem ser levadas em um caminhão como mercadoria, mas de uma galáxia de interação com a vida, repleta de humanidades. É intangível. Só que é difícil explicar isso a alguém que nunca esteve na floresta com um povo indígena. É o lugar onde a vida acontece, e não uma fonte de recursos. Quando digo que a floresta é um mundo, as pessoas acham uma simplificação. Porque nunca viram a floresta. Assim como muita gente nunca viu o oceano. A compreensão da floresta como algo vivo implica num respeito que estabelece uma ética da existência, a reciprocidade com a natureza" (1).


Referência:
(1) KERENAK, Ailton - Ambientalista. 'Nossa aparente normalidade inclui uma rotina de catástrofes. Entrevista dada a William Leal Filho. In: O Globo. Caderno Sociedade, Sexta-feira, 15.11.2019, p. 28.
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