Crise

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "[[Impasse]] não quer [[dizer]] [[fim]] e [[impossibilidade]] de novas [[ações]]. Diz muito mais [[crise]] em seu [[sentido]] [[grego]], ou seja, um [[apelo]] imperativo de o [[homem]] parar para [[questionar]], [[escutar]], [[diferenciar]] e [[dialogar]]. Os [[caminhos]] a tomar não estão fora, estão dentro do que está em [[crise]]" (1).
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:  (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Apresentação". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). ''Arte: corpo, mundo e terra''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 12.
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:  (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Apresentação". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). '''Arte: corpo, mundo e terra'''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 12.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A globalização e os desafios do humano". In: Revista ''Tempo Brasileiro'', 201/202 - ''Globalização, pensamento e arte''. Rio de Janeiro, abr.-set., 2015, p. 21.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A globalização e os desafios do humano". In: Revista '''Tempo Brasileiro - Globalização, pensamento e arte''', 201/202. Rio de Janeiro, abr.-set., 2015, p. 21.
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: Grande [[equívoco]] é [[viver]] na [[ilusão]] de que somente a [[Modernidade]] é [[crítica]]. Pelo contrário, a [[realidade]] é contínua e desde sempre [[crítica]], caso contrário não haveria [[fenômenos]], [[diferenciações]]. E é [[crítica]] continuamente em [[virtude]] da [[questão]] dos [[limites]]. Sem [[limite]] não há [[diferenciação]], isto é, [[fenômeno]], e, portanto, [[possibilidade]] de [[conhecimento]]. [[Criticar]] é deixar-se tomar pelo [[vigorar]] do de-limitar.  [[Crise]], [[crítica]] e [[critério]] têm [[origem]] no [[verbo]] [[criticar]]. Mas este se diz em [[grego]]: ''[[krinein]]''. Em [[latim]] temos o [[verbo]] ''[[cerno]]'', cujo [[particípio]] é ''cretum''. Daí se formou o [[verbo]] em [[português]] [[criticar]]. E o que diz ''[[cerno]], crevi, cretum, cernere''? [[Discernir]], [[distinguir]], [[diferenciar]]. Em última e primeira [[instância]]: [[dialogar]]. O significado negativo de [[crítica]] se origina do [[fato]] de que todo [[limite]], em princípio, implica [[negação]], [[diferenciação]], embora a [[negação]] seja relativa em [[relação]] à [[posição]] que se ocupa, seja [[ontológica]], seja [[epistemológica]].
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: Grande [[equívoco]] é [[viver]] na [[ilusão]] de que somente a [[Modernidade]] é [[crítica]]. Pelo contrário, a [[realidade]] é contínua e desde sempre [[crítica]], caso contrário não haveria [[fenômenos]], [[diferenciações]]. E é [[crítica]] continuamente em [[virtude]] da [[questão]] dos [[limites]]. Sem [[limite]] não há [[diferenciação]], isto é, [[fenômeno]], e, portanto, [[possibilidade]] de [[conhecimento]]. [[Criticar]] é deixar-se tomar pelo [[vigorar]] do de-limitar.  [[Crise]], [[crítica]] e [[critério]] têm [[origem]] no [[verbo]] [[criticar]]. Mas este se diz em [[grego]]: ''[[krinein]]''. Em [[latim]] temos o [[verbo]] ''[[cerno]]'', cujo [[particípio]] é ''cretum''. Daí se formou o [[verbo]] em [[português]] [[criticar]]. E o que diz o verbo latino ''[[cerno]], crevi, cretum, cernere''? [[Discernir]], [[distinguir]], [[diferenciar]]. Em última e primeira [[instância]]: [[dialogar]]. O significado negativo de [[crítica]] se origina do [[fato]] de que todo [[limite]], em princípio, implica [[negação]], [[diferenciação]], embora a [[negação]] seja relativa em [[relação]] à [[posição]] que se ocupa, seja [[ontológica]], seja [[epistemológica]].
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Época e tempo poético". In: ---------. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 283.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Época e tempo poético". In: ---------. '''Leitura: questões'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 283.

Edição atual tal como 01h24min de 1 de Junho de 2021

Tabela de conteúdo

1

Toda crise é, ao mesmo tempo, negativa e positiva. Negativa no que nega o que precedeu. Positiva na realização de novas possibilidades, porque a realidade vigora como possibilidades que a história, no sentido de acontecer poético, vai realizando. Mas não há história sem a manifestação do humano como o lugar onde a realidade leva a cabo a manifestação de suas possibilidades.


- Manuel Antônio de Castro

2

"Impasse não quer dizer fim e impossibilidade de novas ações. Diz muito mais crise em seu sentido grego, ou seja, um apelo imperativo de o homem parar para questionar, escutar, diferenciar e dialogar. Os caminhos a tomar não estão fora, estão dentro do que está em crise" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Apresentação". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 12.

3

"... toda crise é ao mesmo tempo positiva e negativa. A palavra crise originou-se do verbo grego krinein, que significa originariamente distinguir, diferenciar, eclodir do latente no patente, enquanto o próprio acontecer da verdade da realidade, ou seja, a a-letheia " (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A globalização e os desafios do humano". In: Revista Tempo Brasileiro - Globalização, pensamento e arte, 201/202. Rio de Janeiro, abr.-set., 2015, p. 21.

4

Grande equívoco é viver na ilusão de que somente a Modernidade é crítica. Pelo contrário, a realidade é contínua e desde sempre crítica, caso contrário não haveria fenômenos, diferenciações. E é crítica continuamente em virtude da questão dos limites. Sem limite não há diferenciação, isto é, fenômeno, e, portanto, possibilidade de conhecimento. Criticar é deixar-se tomar pelo vigorar do de-limitar. Crise, crítica e critério têm origem no verbo criticar. Mas este se diz em grego: krinein. Em latim temos o verbo cerno, cujo particípio é cretum. Daí se formou o verbo em português criticar. E o que diz o verbo latino cerno, crevi, cretum, cernere? Discernir, distinguir, diferenciar. Em última e primeira instância: dialogar. O significado negativo de crítica se origina do fato de que todo limite, em princípio, implica negação, diferenciação, embora a negação seja relativa em relação à posição que se ocupa, seja ontológica, seja epistemológica.


- Manuel Antônio de Castro.

5

"Toda crise fundante traz para nós o estreito campo do agir e vigorar da vida corrente, das funções de cada dia e dos trabalhos, esperas de resultados que resultam numa sobrecarga que não nos satisfaz nem nos dá o deleite prometido" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Época e tempo poético". In: ---------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 283.
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