Ser absoluto

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "Devemos afirmar, sem mais, que há uma [[relação]] [[real]] da parte do [[ente]] [[finito]] para com o [[ser absoluto]], mas devemos [[negar]] radicalmente qualquer [[relação]] da parte do [[ser absoluto]] para com o [[ente]] [[finito]].  O [[ser absoluto]], embora faça proceder de si os [[princípios]] constitutivos do [[ente]], não muda absolutamente nada em si mesmo, continua sendo [[tudo]] e totalmente imutável em si mesmo" (1). Aqui cai justamente no que quer evitar, a [[ideia]] [[absoluta]] e [[imutável]]. Não é cair no [[oposto]], mas constar que há a [[terceira margem]] do [[rio]], há o [[universal concreto]], onde concrescem as duas [[posições]] de [[mutável]] e [[imutável]]: há o [[vigorar]] do [[Nada Criativo]] ou [[Mistério]].
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: (1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. ''Metafísica''. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal.
: (1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. ''Metafísica''. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal.
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: "Assim temos, de [[fato]], dos [[conteúdos]] [[entitativos]] [[puros]] um [[conceito]] [[positivo]] [[próprio]], enquanto os encontramos nos [[entes]] [[finitos]], e enquanto os elevamos acima de qualquer [[limite]] para a [[unidade]] e [[infinitude]] do [[ser absoluto]], onde todos se realizam em [[plenitude]] e [[identidade]] [[absoluta]]. Temos deles um [[saber]] [[análogo]], ou seja, temos um [[saber]] [[análogo]] do [[Ser absoluto]]" (1).
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:  (1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. ''Metafísica''. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal.
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: "... se o [[Ser Absoluto]], ou seja, [[Deus]], implica um [[agir]] que exerce o [[ser]] como tal na sua [[plenitude]] [[infinita]], então o [[Ser Absoluto]] exerce a si mesmo em [[plenitude]] e seu [[exercício]] é bem mais um [[exercício]] [[espiritual]] em toda a [[perfeição]]. Disto [[tudo]] se conclui não apenas que [[Deus]] é, [[necessariamente]], [[espírito]] [[perfeito]], [[infinito]] e [[absoluto]] (= todos [[sinônimos]] da mesma [[realidade]] [[divina]]), mas também que o [[critério]] para julgarmos quais são os [[conteúdos]] [[entitativos]] [[espirituais]] ou, mais claramente, aquilo que nós dizemos do [[espírito]] [[finito]], não sob o aspecto de sua [[finitude]], mas de sua [[espiritualidade]] pode [[ser]] aplicado, [[analogamente]], a [[Deus]]" (1).
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:  (1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. ''Metafísica''. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal.
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: "Ora, [[exercício]] do [[ser]] como [[ser]] é [[agir]]. Assim devemos [[dizer]] do [[Espírito absoluto]] e [[divino]] que ele também é [[agir]] na sua [[plenitude]] de [[perfeição]]. Além disto vimos que [[exercício]] do [[ser]] como [[ser]] é [[ser]] [[consciente]], é [[consciência]]. Portanto,  também ao [[Ser absoluto]] devemos atribuir uma [[consciência]] [[perfeitíssima]], [[plena]] e [[infinita]]" (1).
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:  (1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. ''Metafísica''. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal.

Edição atual tal como 22h51min de 12 de Agosto de 2020

Tabela de conteúdo

1

"Devemos afirmar, sem mais, que há uma relação real da parte do ente finito para com o ser absoluto, mas devemos negar radicalmente qualquer relação da parte do ser absoluto para com o ente finito. O ser absoluto, embora faça proceder de si os princípios constitutivos do ente, não muda absolutamente nada em si mesmo, continua sendo tudo e totalmente imutável em si mesmo" (1). Aqui cai justamente no que quer evitar, a ideia absoluta e imutável. Não é cair no oposto, mas constar que há a terceira margem do rio, há o universal concreto, onde concrescem as duas posições de mutável e imutável: há o vigorar do Nada Criativo ou Mistério.


- Manuel Antônio de Castro.
Referência:
(1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. Metafísica. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal.

2

"Assim temos, de fato, dos conteúdos entitativos puros um conceito positivo próprio, enquanto os encontramos nos entes finitos, e enquanto os elevamos acima de qualquer limite para a unidade e infinitude do ser absoluto, onde todos se realizam em plenitude e identidade absoluta. Temos deles um saber análogo, ou seja, temos um saber análogo do Ser absoluto" (1).


Referência:
(1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. Metafísica. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal.

3

"... se o Ser Absoluto, ou seja, Deus, implica um agir que exerce o ser como tal na sua plenitude infinita, então o Ser Absoluto exerce a si mesmo em plenitude e seu exercício é bem mais um exercício espiritual em toda a perfeição. Disto tudo se conclui não apenas que Deus é, necessariamente, espírito perfeito, infinito e absoluto (= todos sinônimos da mesma realidade divina), mas também que o critério para julgarmos quais são os conteúdos entitativos espirituais ou, mais claramente, aquilo que nós dizemos do espírito finito, não sob o aspecto de sua finitude, mas de sua espiritualidade pode ser aplicado, analogamente, a Deus" (1).


Referência:
(1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. Metafísica. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal.

4

"Ora, exercício do ser como ser é agir. Assim devemos dizer do Espírito absoluto e divino que ele também é agir na sua plenitude de perfeição. Além disto vimos que exercício do ser como ser é ser consciente, é consciência. Portanto, também ao Ser absoluto devemos atribuir uma consciência perfeitíssima, plena e infinita" (1).


Referência:
(1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. Metafísica. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal.
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