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De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | :O que é o | + | : O que é o ''[[e]]'' enquanto um [[isto]] misterioso? Podemos tentar pensá-lo como entre-percepção, como o termo grego usado por Platão, ''[[diánoia]]'' quando pensa a relação e o lugar dos [[sentidos]] na nossa formação da [[percepção]] de algo. Heidegger dá o exemplo do [[som]] e da [[cor]] que percebemos ao mesmo tempo, por exemplo, quando vemos um pássaro numa árvore. "Se nós percebemos o som e a cor, nós percebemos ainda outra coisa: o e que os reúne. Para a [[percepção]] do e, os dois órgãos em jogo, o olho e o ouvido, não estão, porém, em questão. [Já aconteceu a alguém ver, escutar ou cheirar o e?]" (1). Este e é o ''diá-'' enquanto através de e também ''[[entre]]''. |
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- | :(1) HEIDEGGER, Martin. ''De l'essence de la vérité''. Paris: Gallimard, 2001, p. 206. | + | : (1) HEIDEGGER, Martin. ''De l'essence de la vérité''. Paris: Gallimard, 2001, p. 206. |
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 21. |
Edição atual tal como 21h48min de 18 de Julho de 2020
1
- O que é o e enquanto um isto misterioso? Podemos tentar pensá-lo como entre-percepção, como o termo grego usado por Platão, diánoia quando pensa a relação e o lugar dos sentidos na nossa formação da percepção de algo. Heidegger dá o exemplo do som e da cor que percebemos ao mesmo tempo, por exemplo, quando vemos um pássaro numa árvore. "Se nós percebemos o som e a cor, nós percebemos ainda outra coisa: o e que os reúne. Para a percepção do e, os dois órgãos em jogo, o olho e o ouvido, não estão, porém, em questão. [Já aconteceu a alguém ver, escutar ou cheirar o e?]" (1). Este e é o diá- enquanto através de e também entre.
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. De l'essence de la vérité. Paris: Gallimard, 2001, p. 206.
- Ver também:
- * Sentido
- * Logos
2
- "Mas não podemos pensar a Terra sem o Sol. Isso no mito pode aparecer como a reunião (logos) de Dioniso e Apolo. Aqui se dá o núcleo essencial do entre. Neste sentido/verdade, a referência é o próprio entre. Daí que a referência de Ser e ente é a referência de linguagem e língua. Mas esse e é o logos (verbo/palavra/sentido/reunião), é Hermes (mensageiro)" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. O ser e o parecer. Ensaio ainda não publicado.
3
- "Para não cairmos na dicotomia de ser e estar é necessário, no todo, também pensar esse “e” enigmático que vigora em um “entre”, o vazio em que já desde sempre se manifesta o poder da linguagem e possibilidade do surgimento de sentido em toda posição" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 21.