Não-agir

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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"Ação e não-ação. O mito do homem acha seu sentido no mito do real na medida em que o mito do homem se liberta no e pelo mito do real para o sagrado do mito, ou seja, como a plenitude (hólos, em grego) da procura do agir como não-agir, não-ver, não-saber e não-verdade. É o que nos diz a imagem-questão de “furar” os olhos que Édipo faz ao final da tragédia. É um furo que leva a ver mais fundo: o essencial, o silêncio e o vazio. É um furo que, vazando, deixa saber e ver o não-ver e o não-saber. Isso é narrado dramática e poeticamente por Sófocles na tragédia Édipo em Colono" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. “Heidegger e as questões da arte”. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte em questão: as questões da arte. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 25.
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