Celebração

De Dicionário de Poética e Pensamento

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"O tempo se faz tempo, acontecendo não como medida de uma extensão abstrata, mas como sentido de uma vida concreta quando se cuida do momento propício da celebração. Na celebração, o mesmo é feito novo. No mesmo feito novo, no novo criando o mesmo, a memória é viva. Quando a memória é viva, a palavra para dizê-lo é música. Música é não somente a dança, o canto sagrado e o ritmo, mas o tempo propício da celebração em que pulsa viva a memória. A memória é um corpo, não porque é função psíquica, mas porque articula a corporeidade em tempo, terra, ritmo e imortais para além da biologia dos corpos mortais" (1).


Referência:
(1) BRAGA, Diego. "A terceira margem do mito: hermenêutica da corporeidade". In: Revista Terceira margem. Revista do Programa de Pós-graduação em Ciência da Literatura da UFRJ. Ano XIV, 22, jan.-jun, 2010, p. 58.
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