Imaginação

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ficção e literatura infantil". In: ------------. ''Tempos de Metamorfose''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994, p. 133.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ficção e literatura infantil". In: ------------. ''Tempos de Metamorfose''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994, p. 133.
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: "Quando a galinha choca o ovo, é o próprio ovo que eclode no que já [[é]] e será, o pinto, e este não é uma [[criação]] da imaginação da galinha. O mesmo acontece com a [[criação]] [[poética]]: o [[autor]] apenas choca o que a [[linguagem]] cria. A dita faculdade criativa da imaginação é um desvio enganoso do [[sujeito]] racional prepotente" (1).
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: Referência:
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: ------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 218.

Edição de 22h51min de 28 de Abril de 2017

Tabela de conteúdo

1

"Mentira e realidade são uma coisa só. Tudo pode acontecer. Tudo é sonho e verdade. Tempo e espaço não existem. Sobre a frágil base da realidade, a imaginação tece sua teia e desenha novas formas, novos destinos" (1).


(1) Referência:
Strindberg. Peça teatral "Sonhos". Citado no filme de Ingmar Bergman Fanny e Alexander, 1982.


2

A construção do homem e da realidade, através da imaginação, pode levar ao equívoco. Primeiro, porque a imaginação pode aparecer como uma mediação na tensão finito/infinito. Segundo, porque, no parecer de Kierkegaard, "a imaginação é geralmente o agente da infinitização, não é uma faculdade como as outras... mas, por assim dizer, é o seu proten" (1). Para além da imaginação está a abertura do homem ao ser, que se dá como clareira.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) KIERKEGAARD, Soren Aabye. O desespero humano. 6.e. Porto: Livraria Tavares Martins, 1979, p. 62.


Ver também:
*Vontade

3

"O olho vê, a lembrança revê e a imaginação transvê" (1)


Referência:
(1) BARROS, Manoel de. "Livro sobre nada". In: ----. Poesia completa. São Paulo, Leya, 2013, p. 324.


4

"Não são só os infantes que fabulam, alguns adultos também. Também eles constroem narrativas fabulosas, imaginárias, ou, numa palavra geralmente mais aceita pelos teóricos literários, ficcionais. Até se fala em gênero ficcional, o que julgamos impróprio, pois a ficção não é um gênero, é a própria essência do literário. A ficcionalidade é a literariedade " (1).
Referência:


(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ficção e literatura infantil". In: ------------. Tempos de Metamorfose. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994, p. 133.


5

"Quando a galinha choca o ovo, é o próprio ovo que eclode no que já é e será, o pinto, e este não é uma criação da imaginação da galinha. O mesmo acontece com a criação poética: o autor apenas choca o que a linguagem cria. A dita faculdade criativa da imaginação é um desvio enganoso do sujeito racional prepotente" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: ------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 218.