Heidegger

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(4)
(4)
Linha 35: Linha 35:
   
   
:  (1) ROCHA, Antônio Carlos Pereira Borba. "Diálogo com Chuang Tzu, hoje". In: Revista ''Tempo Brasileiro'', 171 - ''Permanência e atualidade da Poética''. Rio de Janeiro, out.-dez., 2007, p. 165.
:  (1) ROCHA, Antônio Carlos Pereira Borba. "Diálogo com Chuang Tzu, hoje". In: Revista ''Tempo Brasileiro'', 171 - ''Permanência e atualidade da Poética''. Rio de Janeiro, out.-dez., 2007, p. 165.
 +
 +
 +
 +
== 5 ==
 +
: "O senso comum tem a tendência de excluir ou um ou outro, ou o feio ou o bonito, o alto ou o baixo etc. O [[pensamento]] [[originário]] propõe os dois ao mesmo tempo e automaticamente nenhum; e antes de pensarmos em [[niilismo]], negativismo, derrotismo, vemos aí a [[presença]] do “[[entre]]”. [[Heidegger]] foi muito feliz nesta [[tradução]] do “[[entre]]”, pois vemos na [[questão]] do [[Entre-ser]] [Em alemão: ''Dasein''], uma [[compreensão]], uma [[vivência]] tipicamente recomendada por [[Chuang Tzu]]" (1).
 +
 +
 +
:  Referência:
 +
 +
:  (1) ROCHA, Antônio Carlos Pereira Borba. "Diálogo com Chuang Tzu, hoje". In: Revista ''Tempo Brasileiro'', 171 - ''Permanência e atualidade da Poética''. Rio de Janeiro, out.-dez., 2007, p. 168.

Edição de 21h48min de 25 de Agosto de 2018

Tabela de conteúdo

1

"Os escritos de Heidegger não compõem um corpo de textos para uma exegese erudita, mas uma voz que nos interpela no sentido de por em movimento nossa própria reflexão. A entrada na dimensão de pensamento sinalizada por sua obra exige paciência e coragem. Exige a disponibilidade em abrir mão de hábitos cristalizados, de respostas familiares, enfim, de toda pretensão de segurança e controle. Nos põe diante do desfio de repensar a identidade do homem e o sentido do ser; nos interpela a aprender um pensar que se põe à escuta do sentido de nosso tempo" (1).


Referência:
(1) UNGER, Nancy Mangabeira. "Heidegger e a espera do inesperado". Rio de Janeiro: Editora Tempo Brasileiro. Revista Tempo Brasileiro: Interdisciplinaridade dimensões poéticas, 164, Jan.-mar. 2006, 179.


2

"Para Heidegger, a ação humana não pode mudar a compreensão do ser que é vigente hoje, nem acelerar o advento de uma nova compreensão. Mas a preparação para este advento diz respeito a uma espera ativa. Nesta espera, a forma mais alta de ação é a de um pensar que se põe à escuta do sentido de nosso tempo. O entendimento ainda não é a escuta. A escuta é um entendimento que exige o esforço, a devoção, o recolhimento do pensamento" (1).


Referência:
(1) UNGER, Nancy Mangabeira. "Heidegger e a espera do inesperado". Rio de Janeiro: Editora Tempo Brasileiro. Revista Tempo Brasileiro: Interdisciplinaridade dimensões poéticas, 164, Jan.-mar. 2006, 180.


3

"Vemos no pensamento de Heidegger a copertença entre aprender a esperar e aprender a pensar. Se aprender a esperar é uma ascese, uma disciplina, o dom da [[espera favorece uma possibilidade de experienciarmos a essência do homem enquanto abertura e correspondência com o ser. Aquele que espera, espera o que não tem. Se o tivesse, não precisaria esperar, mas pode esperar porque de alguma maneira pertence àquilo que espera. Aprender a esperar é uma das modalidades de aprender a pensar" (1).


Referência:
(1) UNGER, Nancy Mangabeira. "Heidegger e a espera do inesperado". Rio de Janeiro: Editora Tempo Brasileiro. Revista Tempo Brasileiro: Interdisciplinaridade dimensões poéticas, 164, Jan.-mar. 2006, 180.


4

"Não é de estranhar porque consideramos Heidegger um poeta, um poeta do pensamento e da prosa, um poeta poetando o ato de pensar, um poeta do questionar. E os poetas, com um sexto sentido, mais aguçado, portadores de uma sensibilidade, quiçá, extra-sensorial, captam, percebem o atemporal, o além-do-tempo; além do horizonte, tais grandes poetas são seres-águias que enxergam bem mais longe do que a medianidade geral das demais aves-pessoas" (1).


Referência:
(1) ROCHA, Antônio Carlos Pereira Borba. "Diálogo com Chuang Tzu, hoje". In: Revista Tempo Brasileiro, 171 - Permanência e atualidade da Poética. Rio de Janeiro, out.-dez., 2007, p. 165.


5

"O senso comum tem a tendência de excluir ou um ou outro, ou o feio ou o bonito, o alto ou o baixo etc. O pensamento originário propõe os dois ao mesmo tempo e automaticamente nenhum; e antes de pensarmos em niilismo, negativismo, derrotismo, vemos aí a presença do “entre”. Heidegger foi muito feliz nesta tradução do “entre”, pois vemos na questão do Entre-ser [Em alemão: Dasein], uma compreensão, uma vivência tipicamente recomendada por Chuang Tzu" (1).


Referência:
(1) ROCHA, Antônio Carlos Pereira Borba. "Diálogo com Chuang Tzu, hoje". In: Revista Tempo Brasileiro, 171 - Permanência e atualidade da Poética. Rio de Janeiro, out.-dez., 2007, p. 168.