Heidegger

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "Para [[Heidegger]], a [[ação]] [[humana]] não pode [[mudar]] a [[compreensão]] do [[ser]] que é [[vigente]] hoje, nem acelerar o [[advento]] de uma nova [[compreensão]]. Mas a preparação para este [[advento]] diz respeito a uma [[espera]] ativa. Nesta [[espera]], a [[forma]] mais alta de [[ação]] é a de um [[pensar]] que se põe à [[escuta]] do [[sentido]] de nosso [[tempo]]. O entendimento ainda não é a [[escuta]]. A [[escuta]] é um entendimento que exige o esforço, a devoção, o [[recolhimento]] do [[pensamento]]" (1).
: "Para [[Heidegger]], a [[ação]] [[humana]] não pode [[mudar]] a [[compreensão]] do [[ser]] que é [[vigente]] hoje, nem acelerar o [[advento]] de uma nova [[compreensão]]. Mas a preparação para este [[advento]] diz respeito a uma [[espera]] ativa. Nesta [[espera]], a [[forma]] mais alta de [[ação]] é a de um [[pensar]] que se põe à [[escuta]] do [[sentido]] de nosso [[tempo]]. O entendimento ainda não é a [[escuta]]. A [[escuta]] é um entendimento que exige o esforço, a devoção, o [[recolhimento]] do [[pensamento]]" (1).
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: Referência:
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: (1) UNGER, Nancy Mangabeira. "Heidegger e a espera do inesperado". Rio de Janeiro: Editora Tempo Brasileiro. Revista ''Tempo Brasileiro'': ''Interdisciplinaridade dimensões poéticas'', 164, Jan.-mar. 2006, 180.
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: "Vemos no [[pensamento]] de [[Heidegger]] a copertença [[entre]] [[aprender]] a [[esperar]] e [[aprender]] a [[pensar]]. Se [[aprender]] a [[esperar]] é uma [[ascese]], uma [[disciplina]], o [[dom]] da [[espera favorece uma possibilidade de experienciarmos a [[essência]] do [[homem]] enquanto [[abertura]] e [[correspondência]] com o [[ser]]. Aquele que [[espera]], [[espera]] o que não tem. Se o tivesse, não precisaria [[esperar]], mas pode [[esperar]] porque de alguma maneira pertence àquilo que [[espera]]. [[Aprender]] a [[esperar]] é uma das modalidades de [[aprender]] a [[pensar]]" (1).

Edição de 02h02min de 29 de Junho de 2018

1

"Os escritos de Heidegger não compõem um corpo de textos para uma exegese erudita, mas uma voz que nos interpela no sentido de por em movimento nossa própria reflexão. A entrada na dimensão de pensamento sinalizada por sua obra exige paciência e coragem. Exige a disponibilidade em abrir mão de hábitos cristalizados, de respostas familiares, enfim, de toda pretensão de segurança e controle. Nos põe diante do desfio de repensar a identidade do homem e o sentido do ser; nos interpela a aprender um pensar que se põe à escuta do sentido de nosso tempo" (1).


Referência:
(1) UNGER, Nancy Mangabeira. "Heidegger e a espera do inesperado". Rio de Janeiro: Editora Tempo Brasileiro. Revista Tempo Brasileiro: Interdisciplinaridade dimensões poéticas, 164, Jan.-mar. 2006, 179.


2

"Para Heidegger, a ação humana não pode mudar a compreensão do ser que é vigente hoje, nem acelerar o advento de uma nova compreensão. Mas a preparação para este advento diz respeito a uma espera ativa. Nesta espera, a forma mais alta de ação é a de um pensar que se põe à escuta do sentido de nosso tempo. O entendimento ainda não é a escuta. A escuta é um entendimento que exige o esforço, a devoção, o recolhimento do pensamento" (1).


Referência:
(1) UNGER, Nancy Mangabeira. "Heidegger e a espera do inesperado". Rio de Janeiro: Editora Tempo Brasileiro. Revista Tempo Brasileiro: Interdisciplinaridade dimensões poéticas, 164, Jan.-mar. 2006, 180.


3

"Vemos no pensamento de Heidegger a copertença entre aprender a esperar e aprender a pensar. Se aprender a esperar é uma ascese, uma disciplina, o dom da [[espera favorece uma possibilidade de experienciarmos a essência do homem enquanto abertura e correspondência com o ser. Aquele que espera, espera o que não tem. Se o tivesse, não precisaria esperar, mas pode esperar porque de alguma maneira pertence àquilo que espera. Aprender a esperar é uma das modalidades de aprender a pensar" (1).


Referência:
(1) UNGER, Nancy Mangabeira. "Heidegger e a espera do inesperado". Rio de Janeiro: Editora Tempo Brasileiro. Revista Tempo Brasileiro: Interdisciplinaridade dimensões poéticas, 164, Jan.-mar. 2006, 180.