Funcionalidade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: [[Sentido]] é o estar a [[caminho]] da [[apropriação]]. O [[próprio]] ou [[sentido]] é o isto de cada [[sendo]]. A redução de tudo à [[causalidade]] e à [[funcionalidade]] não está anulando o [[sentido]] do [[próprio]] [[ser humano]] e da [[realidade]]? O [[sentido]] pode surgir da [[funcionalidade]] sem [[vigência]] do [[próprio]]? A [[funcionalidade]] é uma [[dimensão]] possível do [[próprio]], mas não se pode reduzir o [[próprio]] à mera [[funcionalidade]] (1).
: [[Sentido]] é o estar a [[caminho]] da [[apropriação]]. O [[próprio]] ou [[sentido]] é o isto de cada [[sendo]]. A redução de tudo à [[causalidade]] e à [[funcionalidade]] não está anulando o [[sentido]] do [[próprio]] [[ser humano]] e da [[realidade]]? O [[sentido]] pode surgir da [[funcionalidade]] sem [[vigência]] do [[próprio]]? A [[funcionalidade]] é uma [[dimensão]] possível do [[próprio]], mas não se pode reduzir o [[próprio]] à mera [[funcionalidade]] (1).

Edição de 15h26min de 21 de Abril de 2018

Tabela de conteúdo

1

Funcional é a relação calculável entre causa e efeito, sendo o efeito o fim ou seja a funcionalidade. Há funcionalidade quando algo atinge o seu fim, a sua meta, sendo estas algo que nas causas já estava previsto e até calculado. Não há lugar para o inesperado. Da exatidão desse processo surge a ciência e ela é assegurada pelos cálculos. Desse modo, a arte nunca pode ser funcional ou científica, no sentido de que é impossível prever por qualquer meio o seu operar e, desse modo, as interpretações ou leituras possíveis. Neste horizonte, toda obra de arte ultrapassa o meramente estético e o ideológico.


- Manuel Antônio de Castro.


2

"Hoje, tudo está dominado pela pesquisa funcional, pela pergunta: Para que serve, qual é a sua função, qual é a sua funcionalidade? A essência da técnica é a funcionalidade enquanto o reduzir a realidade a recursos disponíveis para finalidades objetivas. Ser é estar disponível para exercer funções e finalidades" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão. SANTORO, Fernando e Outros, Org. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 213.


3

Sentido é o estar a caminho da apropriação. O próprio ou sentido é o isto de cada sendo. A redução de tudo à causalidade e à funcionalidade não está anulando o sentido do próprio ser humano e da realidade? O sentido pode surgir da funcionalidade sem vigência do próprio? A funcionalidade é uma dimensão possível do próprio, mas não se pode reduzir o próprio à mera funcionalidade (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão. SANTORO, Fernando e Outros, Org. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 214.

4

"As matérias e as formas respondem pelas obras de arte, mas não são determinadas por elas. Elas assinalam muito mais o horizonte do utensílio em sua utensilidade, isto é, na sua funcionalidade, vistas na luz do desvelar da obra de arte. Por quê? Porque causa é causa na medida em que a ela algo se deve: o utensílio em sua utensilidade. Matéria e forma constituem um servir para, não o que é. São as obras de arte que abrem o horizonte do mundo, onde pode surgir a funcionalidade" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. “A menina e a bicicleta: arte e confiabilidade”. In: ------. ‘’Arte: o humano e o destino’’. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 281.


5

"Há uma proximidade entre mundo e funcionalidade, mas não são a mesma coisa, porque sem mundo, sem sentido, sem linguagem, é impossível qualquer sistema funcional" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. “A menina e a bicicleta: arte e confiabilidade”. In: ------. ‘’Arte: o humano e o destino’’. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 282.
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