Funcionalidade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. “A menina e a bicicleta: arte e confiabilidade”. In: ------. ‘’Arte: o humano e o destino’’. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 282.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. “A menina e a bicicleta: arte e confiabilidade”. In: ------. ‘’Arte: o humano e o destino’’. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 282.
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Edição de 15h57min de 23 de Dezembro de 2019

Tabela de conteúdo

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Funcional é a relação calculável entre causa e efeito, sendo o efeito o fim ou seja a funcionalidade. Há funcionalidade quando algo atinge o seu fim, a sua meta, sendo estas algo que nas causas já estava previsto e até calculado. Não há lugar para o inesperado. Da exatidão desse processo surge a ciência e ela é assegurada pelos cálculos. Desse modo, a arte nunca pode ser funcional ou científica, no sentido de que é impossível prever por qualquer meio o seu operar e, desse modo, as interpretações ou leituras possíveis. Neste horizonte, toda obra de arte ultrapassa o meramente estético e o ideológico.


- Manuel Antônio de Castro.

2

"Hoje, tudo está dominado pela pesquisa funcional, pela pergunta: Para que serve, qual é a sua função, qual é a sua funcionalidade? A essência da técnica é a funcionalidade enquanto o reduzir a realidade a recursos disponíveis para finalidades objetivas. Ser é estar disponível para exercer funções e finalidades" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão. SANTORO, Fernando e Outros, Org. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 213.

3

Sentido é o estar a caminho da apropriação. O próprio ou sentido é o isto de cada sendo. A redução de tudo à causalidade e à funcionalidade não está anulando o sentido do próprio ser humano e da realidade? O sentido pode surgir da funcionalidade sem vigência do próprio? A funcionalidade é uma dimensão possível do próprio, mas não se pode reduzir o próprio à mera funcionalidade (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão. SANTORO, Fernando e Outros, Org. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 214.

4

"As matérias e as formas respondem pelas obras de arte, mas não são determinadas por elas. Elas assinalam muito mais o horizonte do utensílio em sua utensilidade, isto é, na sua funcionalidade, vistas na luz do desvelar da obra de arte. Por quê? Porque causa é causa na medida em que a ela algo se deve: o utensílio em sua utensilidade. Matéria e forma constituem um servir para, não o que é. São as obras de arte que abrem o horizonte do mundo, onde pode surgir a funcionalidade" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. “A menina e a bicicleta: arte e confiabilidade”. In: ------. ‘’Arte: o humano e o destino’’. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 281.

5

"Há uma proximidade entre mundo e funcionalidade, mas não são a mesma coisa, porque sem mundo, sem sentido, sem linguagem, é impossível qualquer sistema funcional" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. “A menina e a bicicleta: arte e confiabilidade”. In: ------. ‘’Arte: o humano e o destino’’. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 282.

6

"A funcionalidade ocupa todos os canais de comunicação e a irre-flexão preenche todos os códigos de recepção. O deserto do esquecimento do ser se estende sobre o país da exploração e do consumo, cobrindo-lhe toda a paisagem. Cada vez mais se tornam história as palavras de Nietzsche: "o deserto cresce! ai de quem guarda em si um deserto" " (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. “Heidegger e a modernidade: a correlação de sujeito e objeto”. In: ------------. Aprendendo a pensar, II. Petrópolis / RJ: Vozes, 1992, p. 181.
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