Estar
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→3) |
(→4) |
||
Linha 28: | Linha 28: | ||
: - [[Manuel Antônio de Castro]] | : - [[Manuel Antônio de Castro]] | ||
+ | |||
+ | == 5 == | ||
+ | : "A grande [[incompreensão]] e [[banalização]] em [[relação]] ao [[ser]] dão-se, justamente, em virtude de nunca se [[pensar]] que não há [[estar]] sem o [[ser]] e que é este e somente este que possibilita qualquer [[estar]], seja referente aos estados internos e externos, seja referente às [[circunstâncias]] onde corre e decorre nossa [[existência]]: [[pessoal]], [[social]], [[familiar]], [[econômica]], [[histórica]], [[afetiva]], [[psíquica]], [[política]], dentre outras, ou seja, ainda em [[relação]] às [[conjunturas]]" (1). | ||
+ | |||
+ | |||
+ | : Referência: | ||
+ | |||
+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 24. |
Edição de 22h01min de 18 de Julho de 2020
Tabela de conteúdo |
1
- "Ora, a raiz do verbo estar não manifesta jamais uma dicotomia. Sua raiz indo-europeia *st diz: ficar, manter-se em pé. Diante do aparecer e desaparecer, sua raiz forma, portanto, um verbo no qual prevalecem os sucessivos estados em que se nos dá a ver a realidade" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 23.
2
- "Se o estar nos remete para estados, sempre substantivos, o ser recupera essa substantivação e lhe insufla o vigorar verbal, recupera no sentido de que não pode haver separação, mas um manifestar-se contínuo no vazio do entre. Todo estar tende para o ser na medida em que o próprio ser se dá, se manifesta, de uma maneira tal contíua e incessante, que nunca pode declinar no fazer e desaparecer, no pôr e depor de cada sendo. Não só é impossível separar cada sendo do ser, pois senão o estar não poderia estar, como também é impossível separar o estar do ser" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de: "Ser e estar". In: ------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 22.
3
- "Pode-se estar sem ser? Ser sem estar? Ser não é estar e estar não é ser? Com essa formulação não há o perigo de se cair em mais uma dicotomia funcional e metafísica, tão presentes na cultura ocidental? O melhor caminho para evitar as dicotomias é sempre questionar em lugar de simplesmente conceituar. Portanto, questionemos: O que é ser? O que é estar? Ora, as respostas não serão conceitos? Não. São os passos que nos reencaminham para as questões de ser estando e de estando ser" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 21.
4
- Todo estar é ser, mas não há necessidade de o ser ser só estando. O ser vigora e só porque vigora é que se dá como estar, o horizonte da causalidade.
5
- "A grande incompreensão e banalização em relação ao ser dão-se, justamente, em virtude de nunca se pensar que não há estar sem o ser e que é este e somente este que possibilita qualquer estar, seja referente aos estados internos e externos, seja referente às circunstâncias onde corre e decorre nossa existência: pessoal, social, familiar, econômica, histórica, afetiva, psíquica, política, dentre outras, ou seja, ainda em relação às conjunturas" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 24.