Estar

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: Referência:
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 24.

Edição de 22h01min de 18 de Julho de 2020

Tabela de conteúdo

1

"Ora, a raiz do verbo estar não manifesta jamais uma dicotomia. Sua raiz indo-europeia *st diz: ficar, manter-se em pé. Diante do aparecer e desaparecer, sua raiz forma, portanto, um verbo no qual prevalecem os sucessivos estados em que se nos dá a ver a realidade" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 23.

2

"Se o estar nos remete para estados, sempre substantivos, o ser recupera essa substantivação e lhe insufla o vigorar verbal, recupera no sentido de que não pode haver separação, mas um manifestar-se contínuo no vazio do entre. Todo estar tende para o ser na medida em que o próprio ser se dá, se manifesta, de uma maneira tal contíua e incessante, que nunca pode declinar no fazer e desaparecer, no pôr e depor de cada sendo. Não só é impossível separar cada sendo do ser, pois senão o estar não poderia estar, como também é impossível separar o estar do ser" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de: "Ser e estar". In: ------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 22.

3

"Pode-se estar sem ser? Ser sem estar? Ser não é estar e estar não é ser? Com essa formulação não há o perigo de se cair em mais uma dicotomia funcional e metafísica, tão presentes na cultura ocidental? O melhor caminho para evitar as dicotomias é sempre questionar em lugar de simplesmente conceituar. Portanto, questionemos: O que é ser? O que é estar? Ora, as respostas não serão conceitos? Não. São os passos que nos reencaminham para as questões de ser estando e de estando ser" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 21.

4

Todo estar é ser, mas não há necessidade de o ser ser só estando. O ser vigora e só porque vigora é que se dá como estar, o horizonte da causalidade.


- Manuel Antônio de Castro

5

"A grande incompreensão e banalização em relação ao ser dão-se, justamente, em virtude de nunca se pensar que não há estar sem o ser e que é este e somente este que possibilita qualquer estar, seja referente aos estados internos e externos, seja referente às circunstâncias onde corre e decorre nossa existência: pessoal, social, familiar, econômica, histórica, afetiva, psíquica, política, dentre outras, ou seja, ainda em relação às conjunturas" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 24.
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