Ética

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:Na ética o [[valor]] não vem da [[relação]] nem de um [[sistema]] prévio, seja ele subjetivo, seja ele social-institucional (valores morais, ideológicos, normas de conduta etc.). O valor é o acolhimento do [[sentido]] do [[Ser]], enquanto este é o [[fundar]] do [[agir]]. É neste que se realiza o [[próprio]] de cada [[ser humano]] (só este pode ser ético), ou seja, sua [[essência]], isto é, suas [[possibilidades]] recebidas do Ser. Ética e [[linguagem]] dizem o [[mesmo]], porque esta se torna o [[horizonte]] da própria libertação e realização de cada um. O horizonte jamais é o [[sujeito]] ou o sujeito o horizonte com sua [[razão]]. Nesse ''pólemos'' [[entre]] o que somos e o sentido e agir do Ser, passa a [[vigorar]] a verdade enquanto a tensão [[dialética]] de [[desvelamento]] e [[velamento]], de sentido e forma (''morphe''), de [[solidão]] e [[liberdade]], de interno e externo, de [[limite]] e [[não-limite]]. Eis aí a essência do ''[[pólemos]]''. O ético é o valor ontológico, não um valor subjetivo ou objetivo-moral.  
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:Na ética o [[valor]] não vem da [[relação]] social nem de um [[sistema]] prévio, seja ele subjetivo, seja ele social-institucional (valores morais, ideológicos, normas de conduta etc.). O valor é o acolhimento do [[sentido]] do [[Ser]], enquanto este é o [[fundar]] do [[agir]]. É neste que se realiza o [[próprio]] de cada [[ser humano]] (só este pode ser ético), ou seja, sua [[essência]], isto é, suas [[possibilidades]] recebidas do Ser. Ética e [[linguagem]] dizem o [[mesmo]], porque esta se torna o [[horizonte]] da própria libertação e realização de cada um. O horizonte jamais é o [[sujeito]] ou o sujeito o horizonte com sua [[razão]]. Nesse ''pólemos'' [[entre]] o que somos e o sentido e agir do Ser, passa a [[vigorar]] a verdade enquanto a tensão [[dialética]] de [[desvelamento]] e [[velamento]], de sentido e forma (''morphe''), de [[solidão]] e [[liberdade]], de interno e externo, de [[limite]] e [[não-limite]]. Eis aí a essência do ''[[pólemos]]''. O ético é o valor ontológico, não um valor subjetivo ou objetivo-moral.  
: - [[Manuel Antônio de Castro]]
: - [[Manuel Antônio de Castro]]

Edição de 13h55min de 23 de Abril de 2014

Tabela de conteúdo

1

Ética é o sentido do agir e da verdade do ser como possível horizonte do agir humano.


- Manuel Antônio de Castro


2

Todo agir essencial exige uma ética não como norma, mas como aprender no sentido grego de manthano, pois este diz não o aprender algo, mas o agarrar-se à essência do ser que já somos. É nesse sentido que Píndaro nos ensina: "Chega a ser o que já és, aprendendo", em grego: Genoi 'óios essi mathon.... Ensinar é, pois, aprender, manthano, e não decorar algo sobre. Todo ensinar e aprender somente são essencialmente quando se tornam éticos.


- Manuel Antônio de Castro


3

Ética é chegar a ser o que já se é, ou seja, aprender na e pela experienciação do viver. É a vida não apenas vivida, mas experienciada. É o que nos ensina Píndaro, quando diz: Genoi 'óios essi mathon....


- Manuel Antônio de Castro


4

Na ética o valor não vem da relação social nem de um sistema prévio, seja ele subjetivo, seja ele social-institucional (valores morais, ideológicos, normas de conduta etc.). O valor é o acolhimento do sentido do Ser, enquanto este é o fundar do agir. É neste que se realiza o próprio de cada ser humano (só este pode ser ético), ou seja, sua essência, isto é, suas possibilidades recebidas do Ser. Ética e linguagem dizem o mesmo, porque esta se torna o horizonte da própria libertação e realização de cada um. O horizonte jamais é o sujeito ou o sujeito o horizonte com sua razão. Nesse pólemos entre o que somos e o sentido e agir do Ser, passa a vigorar a verdade enquanto a tensão dialética de desvelamento e velamento, de sentido e forma (morphe), de solidão e liberdade, de interno e externo, de limite e não-limite. Eis aí a essência do pólemos. O ético é o valor ontológico, não um valor subjetivo ou objetivo-moral.


- Manuel Antônio de Castro
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