Adequação
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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Edição de 21h51min de 17 de Maio de 2025
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1
- O raciocinar se move sempre no que pode ser claro e passível de conhecimento enquanto conceito, daí tal conhecimento basear-se na verdade por adequação, ou seja, na “adaequatio rei et intellectus”, expressão latina da filosofia medieval que diz: a verdade é a adequação da coisa/real ao intelecto. Tal adequação é o resultado do exercício da razão enquanto no juízo profere algo de lógico, ou seja, o que é passível de comprovação e exatidão racional, isto é, lógico, verdadeiro. Então adequação diz equivalência.
2
- A proposição será desde a sofística e o Helenismo o lugar da verdade. E algo será verdadeiro quando houver homoíosis entre o que é e o como se conhece e o como se diz. Homoíosis foi traduzida para o latim como adaequatio, adequação. A verdade passará a ser a adequação entre forma e conteúdo (razão), entre enunciado e enunciação (discurso), entre sujeito e predicativo, na proposição.
3
- A questão da linguagem enquanto representação, que começa como homoíosis (semelhança, da qual surge o conceito de verdade por adequação), ou seja, como instrumento representacional, se exacerba na pós-modernidade. De mediação entre a "coisa" e o conceito, ela se torna cada vez mais autônoma e passando a ser não só um instrumento de representação, em função da coisa transformada em instrumento, ela mesma substitui a coisa e passa a ser o "real".
4
- "E desde há muito tempo, para o pensamento ocidental, verdade significa adequação da representação pensante com a coisa: adequatio intellectus et rei" (1).
- Referência: