Condição humana

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "A moral tende ao estático e estabelecido, ao [[sistema]] auto-referenciado. É bem o contrário da [[ética]], onde o [[essencial]] é o [[poético]]. Não há [[ético]] sem [[poético]] e não há poético sem ético. E é isso que desde sempre se denominou obra de arte, se pusermos em primeiro lugar o que a palavra “obra” diz, aliás, o mesmo que poético no grego: o que age, o que faz [[acontecer]], o que realiza. É necessário [[pensar]] a essência do [[agir]], [[horizonte]] onde nos aparece a [[condição humana]]" (1).
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: "A [[moral]] tende ao [[estático]] e estabelecido, ao [[sistema]] auto-referenciado. É bem o contrário da [[ética]], onde o [[essencial]] é o [[poético]]. Não há [[ético]] sem [[poético]] e não há poético sem ético. E é isso que desde sempre se denominou obra de arte, se pusermos em primeiro lugar o que a palavra “obra” diz, aliás, o mesmo que poético no grego: o que age, o que faz [[acontecer]], o que realiza. É necessário [[pensar]] a essência do [[agir]], [[horizonte]] onde nos aparece a [[condição humana]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O humano, o poético e a contracultura". In: www.travessiapoetica.Blogspot.com.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O humano, o poético e a contracultura". In: www.travessiapoetica.Blogspot.com.
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Edição de 14h15min de 15 de Abril de 2020

Ver também Humano.

1

"A História do Ser carrega e determina toda condition et situation humaine (condição e situação humana)" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Sobre o humanismo. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967, p. 26.

2

"A moral tende ao estático e estabelecido, ao sistema auto-referenciado. É bem o contrário da ética, onde o essencial é o poético. Não há ético sem poético e não há poético sem ético. E é isso que desde sempre se denominou obra de arte, se pusermos em primeiro lugar o que a palavra “obra” diz, aliás, o mesmo que poético no grego: o que age, o que faz acontecer, o que realiza. É necessário pensar a essência do agir, horizonte onde nos aparece a condição humana" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O humano, o poético e a contracultura". In: www.travessiapoetica.Blogspot.com.

3

Ilimitado é o que não tem limite. Compreende-se melhor o alcance do ilimitado quando se apreende o âmbito do que denominamos limite. E apreendemos este no jogo com o que diz a palavra horizonte e com aquilo que os gregos de uma maneira densa e rica denominavam telos. De alguma maneira também a forma e o organismo e/ou corpo se afirmam em tensão com o não-limite, ou seja, o ilimitado. Remete ainda o limite para a condição humana em sua finitude e não finitude. Mas temos de compreender que finitude e limite nunca dizem somente fim. Apreender o jogo de finitude e não finitude na condição humana é apreender e pensar o mistério e enigma do que denominamos Eros e Thanatos, vida e morte na medida em que são. Somente o ser dá a medida de Eros e Thanatos.


- Manuel Antônio de Castro
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