Trágico

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) STAIGER, Emil. ''Conceitos fundamentais da poética''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1969, p. 152.
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:"O [[destino]] trágico da [[existência]] é acolher a [[dor]] de viver, ou seja, de estarmos lançados na [[liminaridade]] das coisas. Não devemos, porém, compreender o trágico como um [[acontecimento]] funesto, fatídico, calamitoso. O trágico é a diferença poético-ontológica na qual estamos lançados. Isso decorre de que o [[viver]] não é regido por [[causas]], e sim de [[vida]] e [[morte]]. Vida é morte exacerbada. Morte é vida em acontecimento. Aceitar o [[mistério]] de vida e morte é pactuar com os mistérios do [[amor]]" (1).
:"O [[destino]] trágico da [[existência]] é acolher a [[dor]] de viver, ou seja, de estarmos lançados na [[liminaridade]] das coisas. Não devemos, porém, compreender o trágico como um [[acontecimento]] funesto, fatídico, calamitoso. O trágico é a diferença poético-ontológica na qual estamos lançados. Isso decorre de que o [[viver]] não é regido por [[causas]], e sim de [[vida]] e [[morte]]. Vida é morte exacerbada. Morte é vida em acontecimento. Aceitar o [[mistério]] de vida e morte é pactuar com os mistérios do [[amor]]" (1).

Edição de 02h00min de 19 de Novembro de 2016

Trágico, ver também Tragédia

1

"O fracasso da verdade em Família Schroffenstein ou do amor em Pentisiléia são considerados acontecimentos trágicos. Quando se estrói a razão de uma existência humana, quando uma causa final e única cessa de existir, nasce o trágico. Dito de outro modo, há no trágico a explosão do mundo de um homem, de um povo ou de uma classe" (1). É em virtude dessa "explosão de mundo" que nem toda tragédia é trágica, dizendo tragédia muito mais então uma classificação relativa ao gênero, mas que seria muito melhor classificada como drama.


- Manuel Antônio de Castro
Referência:
(1) STAIGER, Emil. Conceitos fundamentais da poética. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1969, p. 147.


2

"Apenas um espírito extraordinariamente consequente pode vir a conhecer o trágico. Mas esse espírito assim consequente será destruído por ele. Terminará louco ou suicidando-se, a menos que o cansaço cubra sua alma como uma sombra protetora. Por isso o trágico não pode ser expresso pura e diretamente na poesia. Aquele que poderia expressá-lo terá no mesmo momento deixado a esfera da realidade compreensível dos homens. A compreensão baseia-se na comunidade de um mundo limitado. Mas o desespero trágico faz justamente explodir os limites desse mundo" (1).


Referência:
(1) STAIGER, Emil. Conceitos fundamentais da poética. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1969, p. 152.


3

"O destino trágico da existência é acolher a dor de viver, ou seja, de estarmos lançados na liminaridade das coisas. Não devemos, porém, compreender o trágico como um acontecimento funesto, fatídico, calamitoso. O trágico é a diferença poético-ontológica na qual estamos lançados. Isso decorre de que o viver não é regido por causas, e sim de vida e morte. Vida é morte exacerbada. Morte é vida em acontecimento. Aceitar o mistério de vida e morte é pactuar com os mistérios do amor" (1).


Referência:
(1) FILOPPVNA, Verônica.
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