Catarse
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Época e tempo poético". In: ---------. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 281. | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Época e tempo poético". In: ---------. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 281. | ||
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Edição de 01h26min de 4 de Agosto de 2019
1
- "O originário não se reconstitui, ele não cessa de vigorar em novas manifestações, sendo isso o inaugural. Nossos ouvidos, se bem abertos, só poderão ouvir o som originário, jamais o som original, até porque não há som original numa realidade que não cessa de acontecer. E agora é que vem algo muito importante para compreender o mesmo. A cada nova obra musical originária, para quem escuta, acontece o mesmo em novas e inaugurais experienciações. E toda experienciação inaugural é uma catarse, ou seja, uma libertação iluminadora, que nos projeta para além e aquém de todo e qualquer limite, daí ser purificadora, porque libertadora" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Época e tempo poético". In: ---------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 281.
2
- "...todo conhecimento grego se funda na possibilidade de ver. Ao destruir a visão, Édipo renega, explode, simbolicamente, o conhecimento humano, que se revela limitado, finito, aparente e, portanto, culpado. O ato do trágico rei é o máximo de sofrimento humano, mas também de sua purificação: é a catarse" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "As faces do trágico em Vidas Secas". In: -----. Travessia Poética. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1977, p. 75.