Poeta

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) PESSANHA, Fábio Santana. ''A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2 013, p. 154.
: (1) PESSANHA, Fábio Santana. ''A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2 013, p. 154.
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: "Não é de estranhar porque consideramos [[Heidegger]] um [[poeta]], um [[poeta]] do [[pensamento]] e da [[prosa]], um [[poeta]] poetando o [[ato]] de [[pensar]], um [[poeta]] do [[questionar]]. E os [[poetas]], com um sexto [[sentido]], mais aguçado, portadores de uma [[sensibilidade]], quiçá, extra-sensorial, captam, percebem o [[atemporal]], o além-do-tempo; além do [[horizonte]], tais grandes [[poetas]] são seres-águias que enxergam bem mais longe do que a medianidade geral das demais aves-pessoas" (1).
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:  Referência:
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:  (1) ROCHA, Antônio Carlos Pereira Borba. "Diálogo com Chuang Tzu, hoje". In: ''Revista Tempo Brasileiro'', 171 - ''Permanência e atualidade da Poética''. Rio de Janeiro, out.-dez., 2007, p. 165.

Edição de 19h28min de 23 de Agosto de 2018

1

"No poético, as línguas são o rito da Linguagem. O mito narrado não é o mito, mas o rito e a língua da Linguagem. Por isso o poético, toda arte, tem origem mítica. E tanto o mito como a arte radicam no sagrado" (1). Martin Heidegger afirma: "O pensador diz o ser, o poeta nomeia o sagrado" (2).


(1) HEIDEGGER, Martin. "Que é metafísica? - Posfácio (1943)". In: Heidegger - Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 51.
(2) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do canto das Sereias". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 155.

2

Poeta é quem corresponde mortalmente com a linguagem num libertar-se que é sempre um desdobramento de amor, vida e morte: questões fundamentais na articulação com uma liberdade que tanto liberta quanto aprisiona. Pois estar no mundo é estar lançado na impossibilidade de uma escolha unilateral. É estar rasgado, crivado e cravado pela circularidade ontológica de ser, existindo num festejo de velo e desvelo simultâneos da realidade” (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 47.



3

"A história literária entendida e realizada a partir das poéticas não oblitera a diferença na identidade, nem a identidade na diferença. Resgata a discursividade do discurso, pois os poetas "dizem sempre o mesmo (das Selbe), isso, no entanto, não significa que dizem sempre coisas iguais (das Gleiche)" (1) (2).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Sobre o humanismo. Trad. Emmanuel Carneiro Leão, 1967. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967, p. 98.
(2) CASTRO, Manuel Antônio de. O acontecer poético - a história literária. Rio de Janeiro: Edições Antares, 2. e., 1982, p. 140.


4

“[...] o poeta é iluminado e tocado pelo canto musal, subverte rastros de cronologia, a fim de evidenciar a condição humana: essência de todo poetar, pois a dança da linguagem na composição de qualquer manifestação artística tem inevitavelmente como fundo o homem enquanto questão” (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2 013, p. 154.


5

"Não é de estranhar porque consideramos Heidegger um poeta, um poeta do pensamento e da prosa, um poeta poetando o ato de pensar, um poeta do questionar. E os poetas, com um sexto sentido, mais aguçado, portadores de uma sensibilidade, quiçá, extra-sensorial, captam, percebem o atemporal, o além-do-tempo; além do horizonte, tais grandes poetas são seres-águias que enxergam bem mais longe do que a medianidade geral das demais aves-pessoas" (1).


Referência:
(1) ROCHA, Antônio Carlos Pereira Borba. "Diálogo com Chuang Tzu, hoje". In: Revista Tempo Brasileiro, 171 - Permanência e atualidade da Poética. Rio de Janeiro, out.-dez., 2007, p. 165.
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