Abismo
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : "Com seus saltos, a dançarina manifesta o abismo sobre os seus pés, mas é este mesmo abismo que assim se mostra que lhe concede os saltos. As mãos em arco e um giro de [[corpo]] põem em [[acontecimento]] a [[presença]] do aberto dos céus, mas é apenas porque os céus já se abrem que um corpo pode girar e as mãos traçarem arcos, na [[compreensão]] do [[ilimitado]] que é a [[corporeidade]] do corpo dentro do [[limite]] que é também o corpo em sua corporeidade. Compreensão do ilimitado no limite é: [[liminaridade]]" (1). | + | : "Com seus saltos, a dançarina manifesta o [[abismo]] sobre os seus pés, mas é este mesmo [[abismo]] que assim se mostra que lhe concede os saltos. As mãos em arco e um giro de [[corpo]] põem em [[acontecimento]] a [[presença]] do aberto dos [[céus]], mas é apenas porque os [[céus]] já se abrem que um [[corpo]] pode girar e as mãos traçarem arcos, na [[compreensão]] do [[ilimitado]] que é a [[corporeidade]] do [[corpo]] dentro do [[limite]] que é também o [[corpo]] em sua [[corporeidade]]. [[Compreensão]] do [[ilimitado]] no [[limite]] [[é]]: [[liminaridade]]" (1). |
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- | :(1) BRAGA, Diego. "A terceira margem do mito: hermenêutica da corporeidade". In: | + | : (1) BRAGA, Diego. "A terceira margem do mito: hermenêutica da corporeidade". In: '''Terceira Margem. Revista do Programa de Pós-graduação em Ciência da Literatura da UFRJ. Ano XIV, 22, jan.-jun, 2010''', p. 62. |
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- | : O temor e a [[angústia]] do [[Nada]] é como o sentir o abismo e sua proximidade a nossos pés, faltando-nos não só o chão como o próprio respirar. No entanto, é nele que estamos plantados. Dis-traídos pelos movimentos nos fios da [[rede]] como [[teia]] da [[vida]] nem notamos que sempre estamos pendurados no abismo dos [[vazios]] da [[rede]]. | + | : O temor e a [[angústia]] do [[Nada]] é como o sentir o [[abismo]] e sua [[proximidade]] a nossos pés, faltando-nos não só o chão como o [[próprio]] [[respirar]]. No entanto, é nele que estamos plantados. Dis-traídos pelos [[movimentos]] nos fios da [[rede]] como [[teia]] da [[vida]] nem notamos que sempre estamos pendurados no [[abismo]] dos [[vazios]] da [[rede]]. |
: - [[Manuel Antônio de Castro]] | : - [[Manuel Antônio de Castro]] | ||
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+ | : "No grito de [[dor]] de [[Édipo]] dá-se o salto [[mortal]] no [[abismo]] sem fundo do [[silêncio]] pleno" (1). | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: '''Arte: corpo, mundo e terra'''. CASTRO, Manuel Antônio de (org.). Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 33. |
Edição atual tal como 19h58min de 15 de Abril de 2024
1
- "Com seus saltos, a dançarina manifesta o abismo sobre os seus pés, mas é este mesmo abismo que assim se mostra que lhe concede os saltos. As mãos em arco e um giro de corpo põem em acontecimento a presença do aberto dos céus, mas é apenas porque os céus já se abrem que um corpo pode girar e as mãos traçarem arcos, na compreensão do ilimitado que é a corporeidade do corpo dentro do limite que é também o corpo em sua corporeidade. Compreensão do ilimitado no limite é: liminaridade" (1).
- Referência:
- (1) BRAGA, Diego. "A terceira margem do mito: hermenêutica da corporeidade". In: Terceira Margem. Revista do Programa de Pós-graduação em Ciência da Literatura da UFRJ. Ano XIV, 22, jan.-jun, 2010, p. 62.
2
- O temor e a angústia do Nada é como o sentir o abismo e sua proximidade a nossos pés, faltando-nos não só o chão como o próprio respirar. No entanto, é nele que estamos plantados. Dis-traídos pelos movimentos nos fios da rede como teia da vida nem notamos que sempre estamos pendurados no abismo dos vazios da rede.
3
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: Arte: corpo, mundo e terra. CASTRO, Manuel Antônio de (org.). Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 33.