Extraordinário

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "No [[diálogo]] Fedro, Platão apreende o extraordinário de uma maneira mais ampla e complexa. E vai procurar abrangê-lo, nomeando quatro forças de [[possibilidades]]: Apolo, o [[vigor]] do [[iluminar]] e [[adivinhar]]; Dioniso, o [[vigor]] [[místico]]; [[Musas]], o [[vigor]] [[poético]], ligado ao [[tempo]] enquanto [[memória]], isto é, [[sentido]] e [[mundo]]; [[Eros]], o [[vigor]] amoroso. Lembremos que as quatro forças são [[divinas]]. Referem-se à [[presença]] dos [[deuses]] nos [[seres]] [[humanos]]. Em vista disso, a [[essência]] do [[ser humano]] é a sua [[morada]] no extraordinário, como nos diz Heráclito: ''Anthropou daimon ethos'' (1) (2).
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: "No [[diálogo]] Fedro, Platão apreende o extraordinário de uma maneira mais ampla e complexa. E vai procurar abrangê-lo, nomeando quatro forças de [[possibilidades]]: Apolo, o [[vigor]] do [[iluminar]] e [[adivinhar]]; Dioniso, o [[vigor]] [[místico]]; [[Musas]], o [[vigor]] [[poético]], ligado ao [[tempo]] enquanto [[memória]], isto é, [[sentido]] e [[mundo]]; [[Eros]], o [[vigor]] amoroso. Lembremos que as quatro forças são [[divinas]]. Referem-se à [[presença]] dos [[deuses]] nos [[seres]] [[humanos]]. Em vista disso, a [[essência]] do [[ser humano]] é a sua [[morada]] no extraordinário, como nos diz Heráclito: " ''Ethos anthropou daimon'' " (1) (2).
: Referência:
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: (1) PARMÊNIDES. In: ''Os pensadores originários - Anaximandro, Parmênides, Heráclito''. Trad. Emmanuel Carneiro Leão e Sérgio Wrublewski. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 91.
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: (1) . HERÁCLITO, frag. 91. In: ''Os pensadores originários - Anaximandro, Parmênides, Heráclito''. Trad. Emmanuel Carneiro Leão e Sérgio Wrublewski. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 91.
: (2) CASTRO, Manuel Antônio de. "Obra de arte, vocabulário e mundo". In: ------------. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 241.
: (2) CASTRO, Manuel Antônio de. "Obra de arte, vocabulário e mundo". In: ------------. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 241.

Edição de 03h00min de 11 de Outubro de 2017

1

"De algum modo já aprendera que cada dia nunca era comum, era sempre extraordinário. E que a ela cabia sofrer o dia ou ter prazer nele. Ela queria o prazer do extraordinário que era tão simples de encontrar nas coisas comuns: não era necessário que a coisa fosse extraordinária para que nela se sentisse o extraordinário" (1).


Referência:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. 4ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 131.


Ver também:


2

O extraordinário não está fora do ordinário. Pelo contrário, ele vigora na âmago do ordinário e possibilita a sua existência, o poder ser real. Experienciar o extraordinário no ordinário é pensar. Quando pensamos, todo o ordinário se transfigura em sua existência aparente e limites.


- Manuel Antônio de Castro


3

"No diálogo Fedro, Platão apreende o extraordinário de uma maneira mais ampla e complexa. E vai procurar abrangê-lo, nomeando quatro forças de possibilidades: Apolo, o vigor do iluminar e adivinhar; Dioniso, o vigor místico; Musas, o vigor poético, ligado ao tempo enquanto memória, isto é, sentido e mundo; Eros, o vigor amoroso. Lembremos que as quatro forças são divinas. Referem-se à presença dos deuses nos seres humanos. Em vista disso, a essência do ser humano é a sua morada no extraordinário, como nos diz Heráclito: " Ethos anthropou daimon " (1) (2).


Referência:
(1) . HERÁCLITO, frag. 91. In: Os pensadores originários - Anaximandro, Parmênides, Heráclito. Trad. Emmanuel Carneiro Leão e Sérgio Wrublewski. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 91.
(2) CASTRO, Manuel Antônio de. "Obra de arte, vocabulário e mundo". In: ------------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 241.
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