Professor
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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+ | : "O que nos diz a [[palavra]] [[Pro-fessor]]? O radical –fessor formou-se do verbo latino ''fateri'': ''mostrar, proclamar'', de onde vem a tarefa de mostrar despertando pelo proclamar o [[compreender]] e, portanto, o [[aprender]] a [[ser]] o que já [[é]]. Já o prefixo ''pro-'' diz: ''para diante, para o ilimitado do livre aberto'', [[lugar]] que nos é dado pelas [[possibilidades]] recebidas, fundadas na [[verdade]] [[poética]] que tanto mais desvela quanto mais vela, numa [[dialética]] [[ontológica]]. O [[professor]] deve [[ser]] um incentivador do que em todo [[ser humano]] é um projeto de [[libertação]]. Em vista disso, só a [[verdade]] [[poética]] liberta. O [[professor]] só aparentemente é aquele que indica [[caminhos]] prévios pela instrução. Na [[realidade]], é aquele que, tomado pela dinâmica do mostrar-se da [[realidade]], os [[fenômenos]] de que se constitui, está aberto àquilo que se condensa na [[palavra]] [[professor]]: levar a [[aprender]] o que já sabe e de que ainda não tomou posse. Agora podemos [[compreender]] melhor a [[palavra]] poética de Píndaro: “Torna-te o que és: [[aprendendo]]”. | ||
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+ | : - O [[poder]] de inspirar uma [[criança]] é um dos maiores [[presentes]] que um [[professor]] pode [[dar]] - disse. - Grandes [[professores]] te ajudam a identificar as [[coisas]] que impedem você de [[ser]] quem você quer [[ser]]" (1). | ||
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- | : (1) | + | : (1) OBAMA, Barack. In:''' " Obama: Se há corrupção e propinas, não há bom governo ". Reportagem de Leo Branca, no jornal O Globo, Sexta-feira, 31-5-2019, p. 27.''' |
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+ | : "Como chamavam os gregos o movimento de [[ensinar]] e [[aprender]]? Chamavam com um só radical: ''[[mantháno]]''. Assim, ''máthesis'' é o [[ensino]] e a [[aprendizagem]], tanto no [[sentido]] do que é aprendido e ensinado como no [[sentido]] do processo de [[ensinar]] e [[aprender]]. ''Mathémata'', o que pode ser ensinado e o que pode ser aprendido; e ''mathetés'', o [[aluno]], aquele que ensina aprendendo; o [[professor]], aquele que aprende ensinando" (1). | ||
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+ | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "[[Aprender]] e [[ensinar]]". In: ------. [[Aprendendo]] a [[pensar]]. Petrópolis/RJ: Vozes, 1977, p. 46.''' |
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- "Temos de nos desfazer da ideia estereotipada de professor, alguém preso somente ao saber de uma disciplina e que tem a missão de ensinar algo para que o aluno o aprenda e repita, sem um convite ao pensar, para provocar nele a apropriação do próprio, que essencialmente faça dele um ser humano e, por isso mesmo, único como diferença na identidade do político-social" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 38.
2
- "Todo pensador só é pensador na medida em que se abre e deixa acontecer nele e em cada um o que é, e é, aprendendo o seu sentido sócio-histórico. Professor não é quem ensina, mas quem com a paciência do silêncio eloquente deixa aprender " (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 39.
3
- "O que nos diz a palavra Pro-fessor? O radical –fessor formou-se do verbo latino fateri: mostrar, proclamar, de onde vem a tarefa de mostrar despertando pelo proclamar o compreender e, portanto, o aprender a ser o que já é. Já o prefixo pro- diz: para diante, para o ilimitado do livre aberto, lugar que nos é dado pelas possibilidades recebidas, fundadas na verdade poética que tanto mais desvela quanto mais vela, numa dialética ontológica. O professor deve ser um incentivador do que em todo ser humano é um projeto de libertação. Em vista disso, só a verdade poética liberta. O professor só aparentemente é aquele que indica caminhos prévios pela instrução. Na realidade, é aquele que, tomado pela dinâmica do mostrar-se da realidade, os fenômenos de que se constitui, está aberto àquilo que se condensa na palavra professor: levar a aprender o que já sabe e de que ainda não tomou posse. Agora podemos compreender melhor a palavra poética de Píndaro: “Torna-te o que és: aprendendo”.
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 42.
4
- "Obama abriu o discurso lembrando como uma professora da escola onde estudou no Havaí aos 10 anos conseguiu inspirá-lo a seguir adiante com os estudos.
- - O poder de inspirar uma criança é um dos maiores presentes que um professor pode dar - disse. - Grandes professores te ajudam a identificar as coisas que impedem você de ser quem você quer ser" (1).
- Referência:
- (1) OBAMA, Barack. In: " Obama: Se há corrupção e propinas, não há bom governo ". Reportagem de Leo Branca, no jornal O Globo, Sexta-feira, 31-5-2019, p. 27.
5
- "Como chamavam os gregos o movimento de ensinar e aprender? Chamavam com um só radical: mantháno. Assim, máthesis é o ensino e a aprendizagem, tanto no sentido do que é aprendido e ensinado como no sentido do processo de ensinar e aprender. Mathémata, o que pode ser ensinado e o que pode ser aprendido; e mathetés, o aluno, aquele que ensina aprendendo; o professor, aquele que aprende ensinando" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Aprender e ensinar". In: ------. Aprendendo a pensar. Petrópolis/RJ: Vozes, 1977, p. 46.